Homem que matou mulher e enteados começa a ser julgado

Julgamento de Marcos André deve terminar no final desta tarde (Fotos: Portal Infonet) Márcia Cristina diz que irmão era um bom homem, mas teve recaída no uso de cocaína e bebidas alcoólicas

Acontece nesta sexta-feira, 3, no Fórum Oscar Déda, na sede de Nossa Senhora do Socorro, o julgamento com júri popular, de Marcos André Andrade, que matou a golpes de faca a companheira Vanessa Almeida Sobral e os dois filhos da vítima, sendo um de 15 e outro de 8 anos de idade, no dia 1 de fevereiro de 2014.

"Já foram ouvidas as testemunhas de acusação e as de defesa não foram ouvidas porque o advogado não quis. Agora vou ouvir o réu. Ele é responsável pela morte de três pessoas e pelo estupro de uma criança de 12 anos e, ainda, por outro crime pois obrigou a menina a ingerir cocaína", diz o juiz Marcel Maia Montalvão.

Ao ser interrogado pelo juiz, Marcos André assumiu todo crime, pediu desculpas e disse estar arrependido. "Nós levávamos uma vida ótima, com amor e carinho. É lamentável o que aconteceu. Eu me arrependo muito", disse, ao afirmar que tinha o costume de em todos os fins de semana tomar vinho e consumir cocaína.

"Eu matei Vanessa com faca, mas não lembro como achei a faca porque estava sob o efeito de cocaína e bebida alcoólica", assumiu o réu. Segundo o juiz Marcel Maia,  o julgamento segue provavelmente até o final da tarde de hoje, 3. Da família de Vanessa, compareceram nesta manhã ao julgamento de Marcos André, um tio e a irmã da vítima, mas assim que o réu entrou no auditório, eles se retiraram e não quiseram falar com a imprensa.

A irmã de Marcos André, Márcia Cristina, informa que o filho do casal, que hoje está com sete anos de idade, pois foi poupado pelo pai no dia do crime, está morando com a avó materna, em Itaporanga D’Ajuda. “O meu irmão era bom, prestativo, foi eu quem criou ele. Nunca ouvi ninguém falar nada ruim de André. Mas, ele usava drogas e tomava bebida alcoólica, tinha parado, mas teve uma recaída e esse foi o resultado dessa mistura de álcool e droga”, lamenta.

Por Moema Lopes