Torre volta a operar na coleta de lixo de Aracaju

Mendonça Prado anuncia que empresa Torre voltará a operar na capital sergipana (Foto: Portal Infonet)

Após quase um ano, a Torre voltou nesta segunda-feira, 6, a operar na coleta de lixo e varrição da capital. A empresa foi escolhida no edital do contrato emergencial, que tem duração de 180 dias e um valor de R$42 milhões. Segundo o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Mendonça Prado, os pagamentos serão realizados de acordo com a qualidade dos serviços.

O presidente da Emsurb elogiou a Torre e ainda cutucou a Cavo. “Três empresas foram avaliadas, junto com o preço. Espero que tenhamos concluído todos os problemas e que Aracaju volte a ser uma cidade limpa, como era anteriormente. É uma empresa que tem experiência e conhece a cidade. O período em que a Torre trabalhou não tinha os problemas que vivenciamos hoje, como o município cheio de lixo e uma empresa que quer confrontar trabalhadores e a administração pública. Acho que essa solução será a melhor”, avalia.

O presidente do Sindicato dos Empregados da Limpeza Pública e Comercial de Sergipe (Sindelimp), Rayvanderson Fernandes, espera um relacionamento melhor com a contratada. “Tivemos várias turbulências com a Torre no passado e esperamos que não voltem a acontecer. Houve problemas por equipamentos de proteção individual, condições do trabalho, além de valorização do emprego e da categoria. Queremos um diálogo melhor”, comenta.

Rayvanderson Fernandes, presidente do Sindelimp, cobra diálogo com a nova contratada (Foto: Portal Infonet)

O presidente do órgão municipal garantiu ainda que em 90 dias haverá a licitação definitiva. "É o nosso compromisso. O contrato pode ser rescindido caso o edital definitivo seja finalizado antes do fim do contrato com a Torre", afirmou. Ele comenta que não foi notificado da decisão do Ministério Público Estadual (MPE) que determina a prorrogação do contrato com a Cavo por mais 70 dias.

Serviços

Além da Torre, vão operar em Aracaju outras empresas. O  serviço de limpeza de canais ficou com a empresa Hidromax; o destino final do lixo com a Estre Ambiental, mesmo grupo econômico da Cavo; mercados e jardinagem continua com a BTS. A empresa que fará o serviço de poda de árvore será escolhida por meio de outro edital, que deverá ser lançado até a próxima semana.

A coleta de resíduos de construção civil não foi incluída no contrato emergencial porque, segundo Mendonça Prado, só a Torre estava habilitada a fazer o serviço. "Vamos abrir um novo contrato para a limpeza de resíduos de construção. Se eu tivesse colocado o item no acordo, diriam que eu armei para que a Torre fosse escolhida", ironiza.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio