O secretário de Estado da Indústria e Comércio, Tácito Faro, defendeu nesta quinta-feira um preço diferenciado do gás natural para a indústria em Sergipe. Faro mostrou-se preocupado com as reclamações do setor industrial em relação à atual tarifa praticada. O motivo dessa preocupação segundo o secretário é real e visa atender uma determinação do governador João Alves Filho, de incentivar e estimular o desenvolvimento sócio-econômico do Estado, na atração de novos empreendimentos. Por outro lado, os empresários sergipanos têm respaldo neste descontentamento, já que o preço praticado em Sergipe, atualmente é um dos maiores da região Nordeste.
Desde os primeiros dias da administração João Alves, em 2003, o secretário Tácito Faro foi defensor de uma tarifa diferenciada de gás natural para os Estados produtores. Em abril do ano passado, a Secretaria da Indústria e Comércio realizou em sua sede, o primeiro encontro de titulares desta pasta do Nordeste, com total êxito. Durante o evento, que contou com as presenças dos presidentes das empresas de gás de Alagoas e Pernambuco, foram amplamente discutidas as mudanças nas tarifas de gás natural, assunto palpitante quando se fala em produção industrial. “Quem produz gás natural como Sergipe, precisa ter preços competitivos para buscar investimentos e também apoiar os industriais do nosso Estado que utilizam essa fonte de energia para a sua produção”, disse o secretário durante o Fórum.
Para ele, a luta para a redução do preço do gás natural nos estados produtores, deve ser contínua. No mês de janeiro deste ano, durante uma reunião com diretores da Sergás, o secretário Tácito Faro conseguiu sensibilizá-los sobre o impacto que o aumento anunciado de 7,31% teria no preço final praticado no setor industrial. Na época, com a reinvindicação do empresariado através da SEIC, houve uma redução de 2% no aumento da tarifa, quando a taxa foi reavaliada pela empresa distribuidora do gás natural em Sergipe.
“Nossa preocupação não se restringe apenas ao aumento da tarifa, que por si só já criaria um impacto negativo nos preços praticados por nosso setor industrial, mas, também, pelo fato de distribuidoras localizadas em Estados que concorrem diretamente com o nosso, como é o caso do Rio Grande do Norte (POTIGÁS), Alagoas (ALGÁS), Bahia (BAHIAGÁS) e Pernambuco
(COPERGÁS), praticarem em suas tarifas de gás natural, preços abaixo dos hoje vigentes na
SERGÁS”, declarou Tácito Faro, em nome da classe empresarial sergipana.
Só para se ter uma idéia da diferença de preços do gás natural nos estados da região nordeste, na Bahia o preço praticado por metro cúbico para a indústria é de R$ 0,42, no estado de Alagoas de R$ 0,60, em Pernambuco o custo sai a R$ 0,63, enquanto que em Sergipe, a tarifa atual é de R$ 1,21. “Ou seja, quase cinqüenta por cento a mais do que em alguns estados da mesma região”, observou Tácito Faro.
O secretário entende que o empresariado brasileiro já é bastante penalizado com a alta carga tributária imposta pelo governo Federal, e que Sergipe tem todas as condições de manter e atrair indústrias para o seu parque industrial. “O alto preço cobrado pelo gás canalizado é bastante prejudicial na atração de novos investimentos, o que vai de encontro à política desenvolvimentista do governador João Alves Filho” concluiu Tácito.
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