Os empresários sergipanos da cadeia produtiva do petróleo e gás comemoram mais um passo de incentivo ao setor. Na última semana, a Missão de Sergipe, programa do Sebrae de fortalecimento das empresas do Estado, levou nove empresas para participar de uma rodada de negócios em Luanda, capital de Angola, na África. O evento aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de abril e foi responsável por cerca de 220 reuniões agendadas com potenciais compradores e vendedores, que possibilitaram negociações e novas parcerias.
O evento foi organizado e acompanhado pelo Sebrae, com o apoio da Associação dos Empresários e Executivos de Angola, do Ministério das Relações Exteriores, da Embaixada do Brasil em Angola e da Sergitur, operadora turística do Estado. No encontro, os negociantes puderam conversar com os empresários de Sergipe e trocar informações sobre oportunidades de negócios e procedimentos de exportação para o continente africano.
A rodada apresentou produtos de vários setores, como móveis, confecções e alimentos. Mas o carro-chefe do evento foi a cadeia de petróleo e gás que, segundo o diretor-superintendente do Sebrae em Sergipe, Zezinho Guimarães, representa o mais importante segmento da economia angolana.
“Ao incentivar os empresários sergipanos e organizar uma missão para a África, o Sebrae estimulou a abertura de novos mercados, fortalecendo as empresas do Estado”, conta Paulo Afonso, técnico do projeto da Cadeia Petróleo e Gás do Sebrae em Sergipe. A eficiência dos produtos apresentados pelas empresas de Sergipe foi o destaque da rodada. A Petrolab Ltda., e a Serquímica, produtoras de química de petróleo, apresentaram excelentes resultados e estão negociando uma parceria com a Sonagol, a estatal do governo angolano.
As empresas, que trabalham com uma tecnologia inovadora no tratamento dos produtos de produção de petróleo, devem consolidar a parceria comercial em breve. “Até o fim do ano, devemos estar realizando as primeiras vendas para a Sonagol”, espera Carlos Augusto de Almeida Correia, diretor-executivo.
De acordo com o empresário Edson Ramos Silva, da Serquímica, além da negociação com a estatal, existe a possibilidade da instalação de uma unidade em Luanda, dentro de dois anos. “Foi criado um fundo de desenvolvimento que vai alavancar recursos para a criação de uma unidade no território africano”, conta.
Outra empresa que fez bons contatos foi H. Dantas, que fabrica embarcações. Depois de reunião com a Epinosul, empresa responsável pelas manobras dos navios no Porto de Luanda, a empresa recebeu proposta para compra de três barcos rebocadores dentro de um período de três anos. Cada rebocador custa em torno de US$ 1 milhão. A Epinosul pretende renovar 50% da frota de rebocadores que operam no principal porto de Angola.
Segundo Paulo Afonso, uma das grandes oportunidades de parceria com empresas de Luanda é o preço mais acessível dos produtos brasileiros, comercializados em dólar. “Antes, todos os produtos importados por Angola vinham da Europa, comercializados em euro. Com a rodada, mostramos que temos os mesmos produtos com preços mais em conta”, explica.
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