O deputado federal João Fontes, PDT, protocolou hoje, 29, na Presidência da Câmara, uma representação contra o também deputado federal Carlito Merss, PT-SC, para que ele seja processado pela Comissão de Ética e condenado por quebra do decoro parlamentar. O motivo foi a acusação feita no dia 22 de junho pelo parlamentar petista de que João Fontes havia lhe dado um soco na barriga durante um tumulto no plenário. A sessão marcava o retorno do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, PT-SP, à Câmara.
Após o parlamentar sergipano puxar da confusão o deputado Fernando Gabeira, sem partido-RJ, que discutia seriamente com o petista, Carlito Merss usou o microfone do plenário para comunicar que havia sido agredido por João Fontes. “O deputado agiu dessa forma para imputar a mim a prática de crime ou de contravenção penal, mas, na verdade, ele quem praticou um crime, o de calúnia”, argumenta João Fontes.
Para o pedetista, ao praticar a ofensa moral contra ele, “Carlito Merss incorreu em evidente falta de decoro, ficando sujeito às sanções previstas no Código de Ética e Decoro Parlamentar.” Segundo Fontes, “a análise das gravações do plenário daquele dia demonstra a mentira dita pelo deputado do PT, como também todas as imagens divulgadas pela imprensa do país, revelam claramente que, em nenhum momento, Carlito Merss aparece sequer no tumulto.”
Na representação, João Fontes pede que sejam ouvidas como testemunhas os deputados Arnaldo Faria de Sá, Babá, Fernando Gabeira, Luciana Genro, Alberto Fraga e Capitão Wayne.