Na última sexta-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) protocolou um pedido de solicitação de aumento no valor da passagem de ônibus. Um ofício foi entregue à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e a revisão de preço foi solicitada ainda para este mês de setembro. De acordo com o sindicato, é necessário estabelecer um novo preço para a passagem diante do reajuste de 12% do óleo diesel, anunciado no dia 9 de setembro. Para o superintendente da Setransp, José Carlos Amâncio, “esse insumo significa 25% na planilha de custo tarifário, o que representa um aumento nos custos operacionais do setor na ordem de 3%, onerando o sistema em, aproximadamente, R$ 3,5 milhões ao ano”. A entidade concedeu informações dizendo que é inviável trabalhar com uma tarifa abaixo de R$ 1,73, valor proposto para ser aplicado a partir desse mês. Outra informação concedida é a de que a passagem pode ser reajustada sempre que houver alteração nos custos de estrutura. O item estaria contido na Lei Orgânica do Município. “É óbvio que a população não agüenta mais o valor da tarifa praticado no Brasil, e a saída é colocar em prática todas aquelas medidas que já estão sendo discutidas há dois anos com o objetivo de desonerar os custos e baratear a passagem. Infelizmente, não tem sido feito nada em Aracaju. Ficamos apenas nos seminários, encontros e na discussão para a aplicação de uma tarifa cidadã, o que não acontece na prática”, disse Amâncio. O Setransp teria apresentado à SMTT quatro propostas que podem desonerar os custos do setor e reduzir a tarifa. Uma das medidas seria o município disponibilizar vale-transporte para a Guarda Municipal. A segunda, a Prefeitura arcar com a gratuidade dos portadores de deficiências. O Setransp reivindica ainda um controle mais rigoroso da utilização da meia passagem, de forma a manter o índice em 15%. Atualmente, o número de passageiros do setor pagando a metade da tarifa chega a 33%. A quarta medida é a de um combate mais efetivo no transporte clandestino. SEM DEFINIÇÃO – Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência, o ofício ainda não teria chegado às mãos de Bosco Mendonça, superintendente do órgão. O documento ainda estaria passando pela fase de protocolo para só então ser encaminhado ao setor responsável. A assessoria disse ainda que não é possível ter um posicionamento concreto sobre o assunto sem uma análise prévia de toda a conjuntura. A SMTT não soube precisar se um aumento de tarifa pode ocorrer ou não. Por Wilame Amorim Lima
Da Redação do Portal InfoNet
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