Mercado Albano Franco, em Aracaju |
“Nas últimas duas semanas, o preço de alguns produtos aumentou e por isso, estou comprando menos e pechinchando mais”, afirmou a dona de casa Jucileide Celestina. Opinião compartilhada pela empresária Gil Sales. De acordo com ela, verduras e frutas estão muito caras. “O jeito é economizar, comprando uma variedade menor de frutas e as verduras e legumes mais básicos”.
Débora: “tomate, batata, cenoura e coentro estão mais caros” |
A comerciante Débora Nascimento enumera os produtos que estão custando mais aos clientes: “tomate, batata, cenoura, coentro, todos estão mais caros”. Além disso, segundo ela, as alfaces sumiram das prateleiras do mercado. “Pode procurar e você não vai encontrar alface no mercado”, desafia Débora.
“O tomate está custando R$ 2,50 e até semana passada era R$ 1, o quilo e a batata que sai por R$ 1,50, agora custa R$ 1 mais caro”, exemplifica a comerciante. Da mesma forma, o vendedor de laranjas, Wilson Silveira e vendedora de bananas, Rosilda Nascimento, explicam que as frutas aumentaram com o início das chuvas. ”A banana está mais cara e a tendência é subir um pouco mais”, revela Rosilda, ao informar que uma dúzia da fruta está custando R$ 2.
Entretanto, o vendedor Wilson ressalta que em junho, os preços voltam à normalidade. “Com as chuvas, os donos das plantações reduzem as vendas, mas depois liberam o produto”, explica.
Jucileide (de branco) e irmã estão comprando menos |
De acordo com o coordenador do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Luiz Moura, pelo último levantamento, ainda não houve aumento significativo dos preços dos produtos. O café, por exemplo, já está custando 2,54% mais caro e o preço do açúcar subiu 5,39%. “Por conta das chuvas, isso pode ser alterado, pois se chover muito, as áreas agrícolas serão afetadas, repassando para o consumidor um possível reajuste”, explica ele.
Contudo, Luiz Moura salienta que houve uma queda nos preços dos produtos que compõem a cesta básica nos últimos três meses e isto ocorreu em sete capitais. “O saldo é positivo”, salienta o coordenador do Dieese. A cesta básica é formada por carne, leite, feijão, arroz, farinha, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Por Valter Lima