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“A sociedade tem o direito de saber quem é que lhe deve. Esta dívida não pode ser secreta. A sociedade não pode ficar no prejuízo e o Sindat vai continuar insistindo com o secretário da Fazenda João Andrade, para operacionalizar as medidas necessárias para que essa divulgação seja feita”, defendeu o auditor Marcos Correia Lima, ressaltando que “este é o papel do secretário. Ele lembrou que “os auditores I e II têm autonomia plena para lançar o crédito tributário, seja do grande, do médio ou do pequeno devedor dos impostos”.
Os diretores da entidade ressaltaram ainda que os auditores devem encaminhar à Delegacia e ao Ministério Público os nomes dos que cometem crimes contra a ordem tributária. “Não deve haver filtros”, disse Correia Lima, observando que somente um grande devedor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com processo fiscal instaurado por um auditor II, deve R$ 84 milhões. “E apesar dessa dívida, ainda tem incentivo fiscal”, completou.
Para os auditores, os sonegadores desestabilizam a livre concorrência “porque a empresa que sonega concorre deslealmente, com vantagens com a que paga os impostos”. Além disso, observaram os auditores, “o sonegador se apropria do dinheiro público porque no caso do ICMS, que é um tributo indireto, quem o paga efetivamente em regra geral é o consumidor”.