Produção agroecológica é tema de encontro nacional

Em cinco anos, cerca de seis mil famílias conquistaram segurança alimentar. Isso devido à tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), disseminada pela Fundação Banco do Brasil desde 2005. É para discutir essa e outras dimensões da tecnologia que acontece o I Encontro Nacional do PAIS, realizado pela FBB, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O evento irá acontecer nos dias 18 e 19 de maio, no Centro de Convenções Israel Pinheiro (DF).

O encontro pretende abordar três princípios básicos que envolvem a tecnologia PAIS: produção, beneficiamento e comercialização. O objetivo é desenvolver e tornar acessível mecanismos que potencializam a sustentabilidade da PAIS nesses três eixos, assim como esclarecer os princípios da agroecologia presentes na tecnologia – considerada um modelo circular de agricultura orgânica. O gerente de Monitoramento e Assessoramento Técnico de Projetos (Gemap) da FBB, Fernando Nóbrega, afirma que essa discussão acontece em função da maturidade da tecnologia. “A PAIS já é o embrião de uma política pública. Para chegarmos cada vez mais perto disso, o encontro pretende fazer uma equalização entre parceiros, técnicos e produtores, para ir em direção a resultados ainda mais exitosos”, diz o gerente.

Os 150 participantes do encontro contarão com palestras, troca de experiências e um trabalho em grupo. As atividades estarão divididas nos painéis: Agroecologia e Tecnologias Sociais; Melhores Práticas/Experiências Exitosas; Produção, tratos culturais e assistência técnica; e Comercialização. A programação inclui discussões sobre agroecologia, certificação sócio-participativa, gênero, comercialização (PAA, merenda escolar e feiras livres), gestão (manual do PAIS e sistema de monitoramento e avaliação), integração Pronaf e PAIS, produção, mobilização social, assistência técnica e infraestrutura.

A tecnologia integra o Programa de Geração de Trabalho e Renda da Fundação Banco do Brasil, e é disseminada em parceira com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o SEBRAE, o Ministério da Integração Nacional e outras entidades. O gerente da Unidade de Agronegócios do SEBRAE, Paulo Alvim, enfatiza que o êxito da PAIS está baseado no modelo de engenharia financeira utilizado. “É o arranjo inteligente dessa tecnologia social que permite que ela aconteça. A engenharia financeira aplicada na PAIS é composta pelo financiamento do investimento, pela assistência técnica e pela consultoria para a implantação”, explica. Na disseminação da tecnologia, o SEBRAE oferece assistência técnica e capacitação.

PAIS

A Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) é uma tecnologia social baseada nos propósitos de Segurança Alimentar, Geração de Renda, e Preservação Ambiental. Essa tecnologia, que oferece alternativa de trabalho, renda e melhoria da qualidade de vida para a agricultura familiar, é disseminada pela Fundação Banco do Brasil (FBB) desde 2005. A partir de então, a FBB já investiu R$ 26,8 milhões em PAIS – R$ 23 milhões em parceria com o BNDES. Atualmente, existem seis mil unidades implantadas ou em fase de implantação, em dezessete estados e no Distrito Federal. A previsão é que, em dezembro de 2010, esse número chegue a 10 mil unidades. As unidades PAIS estão distribuídas da seguinte forma: 540 na Região Norte; 890, na Sudeste; 1034, na Centro-Oeste; e 3314, na Região Nordeste.

A tecnologia possibilita o cultivo de alimentos – sem utilização de agrotóxicos, queimadas e desmatamentos -, tanto para consumo próprio quanto para a comercialização. Ela foi desenvolvida para atender uma família de cinco pessoas e tem um custo unitário de R$ 5 mil, incluindo assistência técnica e um kit com itens como caixa d’água, mangueira, tela para galinheiro e sementes. A técnica da PAIS é simplificada e exige uma área de apenas 0,5 hectare (5 mil metros quadrados). A produção é montada em um sistema de anéis destinados a culturas diferentes e complementares. O centro do círculo é utilizado para a criação de pequenos animais, como galinhas e patos. O esterco é utilizado para adubar as plantações que estão nos anéis, e as sobras dos plantios servem de alimentos para os bichos. Já a irrigação da plantação, é feita por gotejamento. Ao redor da unidade, pode ser criado o quintal agroecológico, que serve para reflorestamento, cultivo de frutas e de espécies nativas e comerciais. A técnica foi desenvolvida pelo agrônomo senegalês Aly N”diaye. 

Fonte: Ascom FBB

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