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SMTT proibiu estacionamento ao longo da Rua Geru (Fotos: Portal Infonet) |
Comerciantes da Rua Geru, Centro da capital, reclamam dos altos prejuízos acumulados após as mudanças, impostas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), com relação a proibição do estacionamento ao longo da via. A medida, criada para dar fluidez ao tráfego na área, obriga funcionários e clientes a buscarem estacionamentos privativos ou locais distantes como alternativas.
De acordo com Mateus Souza, gerente de umas das lojas da área, os clientes desistem das compras quando percebem a falta de estacionamento. ”Diversas pessoas vem em busca de compras rápidas, mas quando se dão conta de que não podem estacionar ou que terão que pagar um preço alto pela vaga, desistem e vão embora. Os prejuízos chegam a 70% e para não perder o pouco de clientes que nos resta, deixamos que aqueles que vêm de moto estacionem dentro da loja”,comenta o gerente.
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Funcionários e clientes reclamam das altas taxas dos estacionamentos privativos |
Alexsandra Santos, que trabalha em uma loja de esportes, comenta que os clientes estão trocando a loja do Centro, por filiais localizadas nos shoppings. “Quando podem escolher, os compradores vão até os shoppings. Eles reclamam intensamente das multas tomadas aqui na rua Geru e criticam os altos preços cobrados pelos estacionamentos privativos”, conta.
Além dos prejuízos nas vendas, os lojistas criticam a má postura dos guardas da SMTT. “Eles são muito ignorantes e não procuram entender a situação. Se um veículo estiver parado, eles já saem multando e quando não encontram o dono, logo chamam o guincho. Até os profissionais que entregam água e botijão de gás são multados”, desabafa a proprietária de uma loja de roupas, Silvana Ferreira.
Silvana também explica que o clima de insegurança toma conta dos pedestres que precisam transitar pela via. “Agora que possuem o corredor livre, os motoristas de ônibus abusam de velocidade e fazem da rua uma pista de corrida. Coitado de quem não prestar atenção por onde anda”, conta.
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Proprietária foi obrigada a fechar uma de suas lojas por conta dos prejuízos |
Desemprego
Ainda de acordo com a proprietária, um abaixo assinado foi criado para chamar a atenção das autoridades. “O prefeito Edvaldo Nogueira aceitou conversar com os comerciantes para buscar uma solução para o problema, no entanto, por motivos diversos desmarcou a reunião duas vezes. Enquanto isso, os prejuízos para comerciantes e clientes continuam. Prova disso é que fui obrigada a fechar uma das minhas lojas e dispensar alguns funcionários”, reclama.
Prejudicado com a baixa frequência em seu restaurante, Ricardo Menezes, acredita em soluções simples para o problema. “Entendo que o trânsito necessite de mudanças, mas aqui nessa área os transtornos estão sendo enormes. Para que as coisas melhorassem seria preciso que pelo menos um dos lados fosse liberado para estacionamento, ou então, que parquímetros fossem instalados”, argumenta.
SMTT
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Movimento em restaurante diminuiu cerca de 60% |
Em resposta ao Portal Infonet, o assessor da SMTT, Jairo Alves, justifica que as medidas foram adotadas para facilitar a circulação de pedestres e veículos na área.
“As mudanças foram necessárias e deram mais condições das pessoas irem ao comércio. Não existe a possibilidade de liberar um lado para estacionamento, pois o corredor ficaria pequeno para ônibus e carros pequenos. Aracaju está em desenvolvimento e as pessoas têm que se adaptar às novas regras. Temos uma frota enorme de veículos e onde for necessário, a SMTT irá atuar”, diz, o assessor.
Por Verlane Estácio e Kátia Susanna
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