Movimentos realizam ato em defesa do transporte

A carroça percorreu o calçadão da João Pessoa (Fotos: Portal Infonet)

Uma carroça estacionada no calçadão da João Pessoa no Centro da cidade na manhã desta quina-feira, 21, marcou o ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) juntamente com o Movimento Não Pago. A manifestação é em defesa do transporte público de qualidade e demonstrar, de forma irreverente, como a população é tratada pelo poder público.

Quem passou pelo calçadão recebeu um panfleto contendo a reivindicação do movimento e em seguida, houve um cortejo utilizando uma carroça em repúdio ao custo da tarifa ofertado a população que é de R$ 2,25.

De acordo com o presidente da CUT/SE, Rubens Marques de Souza, “A proposta da CUT e do Não Pago é chamar atenção das autoridades para abrir a caixa preta quanto à planilha de custo porque a gente não sabe qual metodologia usada para definir o preço. Nós queremos é dialogar, até porque queremos deixar claro que parte do salário dos trabalhadores vai para o transporte”, afirma.

Rubens Marques diz que o transporte oferecido é de péssima qualidade

Ainda segundo Ruben Marques além do alto custo da tarifa, o transporte ofertado é de péssima qualidade. “Há pouco instante nós ouvimos aqui de usuários que na linha do Robalo, por exemplo, é comum encontrar barata dentro do ônibus, ônibus com piso furado que você ver o pneu do ônibus, uma serie de problemas. Além de ser caro, ainda coloca a vida dos sergipanos em risco, também são poucos os ônibus que tem rampa de acesso para cadeirante. O que não falta é problema. A nossa intenção é chamar atenção das autoridades porque está para sair o reajuste e até agora não sabemos quando vai sair”, conta.

Redução da tarifa

Além do congelamento da tarifa, representantes do Movimento Não Pago pedem a redução de 20% na tarifa do transporte público municipal. Segundo o coordenador do Movimento Não Pago, Demétrio Varjão, defende a redução da tarifa para R$ 1,82.

Demétrio Varjão reivindica R$ 1,82

“Nós tivemos acesso à planilha de custo que é o documento pelo qual os empresários pedem o reajuste e encontramos diversas irregularidades, eles estão incluindo custos na tarifa que não existem, a tarifa deveria ser bem menos do que é cobrada. Seria uma redução de 20%, ou seja, ao invés de subir de R$ 2,25 para R$ 2,52, a tarifa deveria ser reduzida para R$ 1,82”, acredita Demétrio.

Ato Christian Góis

Já na sexta-feira, 22, a CUT realiza mais um ato público pela liberdade de expressão e em solidariedade ao jornalista Christian Góes. O ato ocorrerá a partir das 9h na Praça Fausto Cardoso.

Segundo o presidente da CUT/SE, Rubens Marques de Souza, o ato é de fundamental importância para toda a sociedade. “O atentado a liberdade de expressão na verdade atine hoje a Christian Góes, amanhã quem será o próximo jornalista?. Isso para Sergipe é um horror. Acho que a gravidade é iminente porque hoje atenta contra a liberdade de Christian, amanhã de outros e aí vamos ter uma imprensa amordaçada”, conta.

Por Aisla Vasconcelos