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Setor industrial em crescimento no Estado (Foto: Alejandro Zambrana) |
O setor industrial de Sergipe foi o que mais ganhou em produtividade nos últimos anos e se destaca no cenário brasileiro. Neste sábado, 25, ‘Dia da Indústria’, o Estado tem muito que comemorar. De acordo com análise realizada pelo Departamento Técnico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), entre os anos de 2007 a 2010 percebe-se que a indústria de transformação acumulou um crescimento de 20,6%, registrando uma variação média nominal de 5,15%.
A última década foi de significantes transformações socioeconômicas no Brasil, particularmente no Nordeste, com a retomada de um ciclo de crescimento sustentado, associado à diminuição da pobreza, bem como à estabilidade macroeconômica. Em Sergipe não ocorreu diferente. Entre 2001 e 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) sergipano cresceu a uma média superior (4,9%) à brasileira (4,0%) e à nordestina (4,5%).
Para o secretário Saumíneo Nascimento, os resultados apresentados na análise da Sedetec revelam o êxito da Política de Desenvolvimento Industrial do governo Marcelo Déda. “O Governo do Estado tem direcionado esforços significativos na atração de investimentos, que também conta com o importante papel do Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) – órgão de gestão e acompanhamento das ações, indicadores e estratégias da indústria sergipana – e tem como presidente o vice-governador do Estado, Jackson Barreto”, conta, acrescentando que o CDI é responsável pela aprovação das solicitações de instalação de novas indústrias em Sergipe.
O Valor Adicionado Bruto (VAB) da indústria sergipana saltou de R$ 4,64 bilhões em 2007 para R$ 6,10 bilhões em 2010. Em Sergipe, a indústria possui um dos maiores pesos relativos internos dentre os setores industriais nordestinos, que são eles: indústria extrativa mineral; indústria de transformação; os serviços de utilidade pública (SIUP) (água, energia, esgoto, etc) e a construção civil.
De acordo com o economista da Sedetec e um dos responsáveis pela análise Magaiver Correia, o Valor Adicionado Bruto industrial está distribuído conforme os setores que o compõe. “Observa-se que a distribuição é relativamente equitativa, sendo a maior fatia do setor de serviços de utilidade pública, decorrente da produção de energia da Usina Hidrelétrica de Xingó, que possui grande influencia sobre o PIB sergipano. Em seguida, vem a construção civil que nos últimos anos se tornou um dos setores mais dinâmicos da economia sergipana. Logo após, a indústria de transformação, ou as fábricas propriamente ditas, e o extrativismo mineral, setor também muito importante da economia sergipana, devido à produção de gás natural, petróleo, calcário e potássio”, avalia.
A indústria de transformação sergipana é caracterizada pela relativa diversidade e pela predominância de ramos tradicionais e fabricantes de bens de consumo não duráveis. Dentre estes, destacam-se: alimentos, fabricação de produtos de minerais não metálicos (produtos para construção), bebidas, têxteis, couro e calçados, confecções e produtos químicos.
“Na análise do crescimento através da séria encadeada de índices, pode-se notar que os subsetores que mais cresceram entre 2007 e 2010 foram o de confecções e vestuário, móveis e, destacadamente, a fabricação de máquinas e equipamentos, que representa um salto qualitativo do parque industrial sergipano, ampliando a participação de produtos com maior valor agregado. Outros ramos com maior valor agregado que cresceram substancialmente foram a metalurgia, a fabricação de coques e derivados de petróleo, impressão e reprodução de gravações e a fabricação de carrocerias e veículos automotores”, detalha Magaiver.
Novos estabelecimentos
O dinamismo da indústria sergipana também pode ser mensurado pelo número de novos estabelecimentos que foram criados entre 2007 e 2011. O número de fábricas em Sergipe saltou de 1.564 estabelecimentos para 1.906, representando um crescimento de 21,9%. Um dos responsáveis por este aumento é a política estadual de atração de investimentos que bateu recorde no número de empresas incentivadas no período.
“Na distribuição dos estabelecimentos por divisão econômica, ou subsetor, verifica-se a predominância dos ramos mais tradicionais como: alimentos; minerais não metálicos; confecções; têxtil; produtos de metal; impressão e reprodução de gravações e mobiliários. Já os subsetores que mais cresceram em termos de número de unidades, foram: têxtil; produtos de minerais não metálicos; confecções e produtos de metal”, acrescenta o economista.
Emprego industrial
O crescimento do PIB industrial foi acompanhado por um período de forte crescimento do emprego, chegando ao número recorde de 15.249 admissões entre 2007 e 2012. O ano de 2010 foi o ápice com a geração de mais de quatro mil empregos. No total, o crescimento médio de 6,67% anuais de admissões fez o número de trabalhadores alocados na indústria saltar de 33.206 em 2007 para 45.840 em 2012. A participação da indústria de transformação no emprego formal subiu dois pontos percentuais, saindo de 10,4% para 11,6%.
Magaiver afirma que a distribuição espacial do emprego industrial é mais equilibrada que a de estabelecimentos. “Embora o território da Grande Aracaju concentre 46,6% dos empregos na indústria, a participação dos demais territórios é mais significante, com destaque para o Médio Sertão, que a partir da entrada em funcionamento da indústria sucroalcooleira passou a responder por 7,2% dos postos de trabalho da indústria, sendo que também foi o território que apresentou o maior número acumulado de admissões entre 2007 e 2011, seguido do Agreste Central e do Centro-Sul”, analisa.
Ainda segundo o economista, o forte incremento do emprego formal nestes territórios é fruto da ação de direta dos incentivos e apoios governamentais à instalação de grandes indústrias no interior do estado, sendo os setores envolvidos: calçados, no Centro-Sul e no Agreste Central, sucroalcooleiro (química e alimentos), no Médio Sertão e brinquedos também no Agreste Central.
Na distribuição do emprego por divisão econômica (subsetor), as indústrias tradicionais são as que concentram a maior parte dos postos de trabalho do setor secundário. Dentre os subsetores, destacam-se os de alimentos; couro e calçados; fabricação de produtos de minerais não metálicos para construção; artigos têxteis; coque e derivados de petróleo; confecções; mobiliário; bebidas; produtos químicos; metal-mecânica; fabricação de produtos de borracha e plástico.
Na geração de emprego, destacam-se os ramos de fabricação de coques e derivados petróleo; artigos de couro e calçados; fabricação de produtos de minerais não metálicos para construção; bebidas; mobiliários; produtos de metal e de produtos diversos. “Não apenas o número de empregos na indústria aumentou substancialmente no período como também foi acompanhado pela remuneração média mensal do trabalhador que teve um incremento nominal de 59,5%, saltando dos R$ 727,10 de 2007 para R$ 1.159,70, em 2011”, informa Magaiver.
Ele explica que este crescimento se deve não apenas ao aumento real do salário mínimo ocorrido no período e que ampliou significativamente a renda do trabalhador, mas também aos níveis dos empregos criados mais qualificados em ramos industriais que melhor remuneram os operários. “Como é o caso dos ramos de fabricação de coque e derivados de petróleo, de indústria química e de produtos de metal”, exemplifica.
Internacionalização
Com relação às exportações sergipanas, a maior parte dos produtos que compõem a pauta de exportações estaduais é considerada produtos industrializados. “Isso quer dizer que a indústria doméstica produz não somente para abastecer o mercado interno, mas também se destina ao mercado externo”, completa o economista. Considerando o total das exportações, em 2012, 99,3% das exportações estaduais foram compostas de produtos industrializados.
A partir de 2009 as exportações industriais retomam o crescimento e, em 2012, bateram recorde. As vendas ao mercado externo, no último ano analisado, chegaram a US$ 148 milhões, superando o ano de 2007, que havia sido o melhor ano das exportações sergipanas. “O processo de internacionalização das empresas sergipanas é importante, visto que o mercado internacional é uma excelente oportunidade para aumentar a produtividade, gerando emprego e renda para estado”, ressalta Magaiver.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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