Importância do Setor de Serviços

Saumíneo da Silva Nascimento

Apresentarei adiante algumas informações e comentários pessoais sobre um importante setor da economia sergipana, o de serviços.  O setor de serviços está contemplado no que conhecemos como setor terciário e no caso específico do Estado de Sergipe, representa mais da metade da economia (54%).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulga anualmente uma pesquisa sobre o setor de serviços, porém na referida pesquisa excluem os serviços empresariais financeiros e abordam diversos segmentos, a exemplo de: a) serviços prestados principalmente às famílias (serviços de alojamento; serviços de alimentação; atividades culturais, recreativas e esportivas; serviços pessoais; e atividades de ensino continuado);  b) serviços de informação e comunicação (telecomunicações; tecnologia da informação; serviços  audiovisuais; edição e edição integrada à impressão; e agências de notícias e outros serviços de informação); c) serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços técnicos profissionais; aluguéis não imobiliários e gestão de ativos intangíveis não financeiros; seleção, agenciamento e locação de mão de obra; agências de viagens, operadores turísticos e outros serviços de turismo; serviços de investigação, vigilância, segurança e transporte de valores; serviços para edifícios e atividades paisagísticas; serviços de escritório e apoio administrativo; e outros serviços prestados principalmente às empresas); d) transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (transportes ferroviário e metroviário; transporte rodoviário de passageiros; transporte rodoviário de cargas; transporte  dutoviário; transporte aquaviário; transporte aéreo; armazenamento e atividades auxiliares aos transportes; e correio e outras atividades de entrega); e) atividades imobiliárias (compra, venda e aluguel de imóveis próprios; e intermediação na  compra, venda e aluguel de imóveis); e f) serviços de manutenção e reparação; e outras atividades de serviços.

Pelo exposto verifica-se que a diversidade de itens do setor é ampla e reflete a evolução do cotidiano das civilizações atuais nas suas infinitas demandas. Um ponto importante a ser destacado é o de que o IBGE já informou que a partir de 21 de agosto de 2013, a Pesquisa do Setor de Serviços passará a ser divulgada mensalmente e tem o objetivo de mensurar e acompanhar sistematicamente as atividades do setor de serviços. De acordo com o IBGE, O âmbito da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) é delimitado pelas atividades que constituem o segmento empresarial não financeiro, excluindo-se os setores da Saúde e da Educação.

A PMS produzirá indicadores conjunturais a partir dos dados sobre a receita bruta de serviço de cerca de 9.500 empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, formalmente constituídas e sediadas no território nacional. A pesquisa foi iniciada em 2011, ano-base de referência para o cálculo dos indicadores.

De acordo com nota divulgada pelo IBGE, serão divulgados os indicadores gerais, sem detalhamento por atividade, para o Brasil e Unidades da Federação. Para o Brasil, serão apresentados indicadores por atividade, de acordo com os seguintes grupos: 1) serviços prestados às famílias; 1.1) alojamento e alimentação; 1.2) outros serviços prestados às famílias; 2) serviços de informação e comunicação; 2.1) serviços TIC; 2.2) serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias; 3) serviços profissionais, administrativos e complementares; 3.1) serviços técnico-profissionais; 3.2) serviços administrativos e complementares; 4) transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; 4.1) transporte terrestre; 4.2) transporte aquaviário; 4.3) transporte aéreo; 4.4) armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio; 5) outros serviços.

Também serão apresentados indicadores por atividade para Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal com o seguinte nível de desagregação: 1) serviços prestados às famílias; 2) serviços de informação e comunicação; 3) serviços profissionais, administrativos e complementares; 4) transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; 5) outros serviços.

Com esta novidade, poderemos avaliar de forma mais sistemática e entender a funcionalidade e dinâmica do setor de serviços no Brasil e,  nas suas respectivas unidades federativas, então para o Estado de Sergipe teremos mais uma variável para conhecimento e acompanhamento da economia local.

Considerando-se a nossa perspectiva de que estamos buscando construir para Sergipe maiores níveis de desenvolvimento,  numa lógica de melhorar as condições de vida de população local e ainda, propiciando condições de ampliação da competitividade das empresas instaladas no Estado, entendemos ser fundamental que inserido na lógica de fortalecimento desta dinâmica econômica necessitamos de um setor de serviços dinâmico e bem estruturado.

Em minha opinião,  o bom nível de qualidade de vida referenciado para  Sergipe é decorrente, entre vários fatores, da eficiência que as empresas do setor de serviços apresentam no atendimento da demanda de serviços da população, para isso, do ponto de vista da ciência e tecnologia, estamos imbuídos em propiciar a inserção constante do quesito inovação no desenvolvimento das referidas atividades, pois sabe-se que o setor de serviços é um dos mais intensivos na necessidade de conhecimento, carecendo em consequência de constantes inovações.

Registro que o setor de serviços está permanentemente presente nos demais setores da economia, na agricultura, na indústria e no comércio e é o que possui maior poder de geração de empregos. Com o objetivo  conhecer aspectos do setor de serviços em Sergipe, comentarei adiante variáveis referentes ao trabalho e emprego no segmento, com base na Pesquisa de Emprego em Serviços que é desenvolvida pela Confederação Nacional de Serviços, tendo como base dados do sistema RAIS-CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego e informações do INSS.

Em Sergipe o estoque de trabalhadores no segmento de serviços privados não financeiros, na base de junho/2013 foi de 82,9 mil pessoas. Já o crescimento do emprego no segmento de serviços privados não financeiros no período de junho/2012 a junho/2013 foi de 6,1%, o segundo maior crescimento da Região Nordeste, ficando atrás somente da Paraíba que cresceu 7,6%; em nível de Brasil o crescimento do emprego em Sergipe neste setor fica em 4º lugar, atrás somente de Paraíba (7,6%), Amapá (7,0%) e Goiás (6,6%).

Um desafio para o Estado de Sergipe é a reversão da polarização metropolitana das empresas de serviços, este fato também ocorre nos demais estados brasileiros, com destaque para as capitais administrativas. Porém já surgem sinais de desconcentração, especificamente nos segmentos de educação, saúde, comunicação (principalmente rádio), transportes e alguns outros.

Para concluir julgo que o futuro do setor de serviços em Sergipe será ainda mais promissor, tendo perspectiva da entrada de novas forças complexas e numerosas que irão interagir intensamente com a atividade comercial, independente das políticas públicas que no caso de Sergipe, buscam uma equação de crescimento com sustentabilidade. Acredito numa gestão eficiente dos empresários do setor de serviços para que tenhamos um aumento de prosperidade em todo o Estado.

* Saumínio Nascimento, Secretário de Desenvolvimento Econômico, da Ciência e da Tecnologia

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