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Artigo é do secretário Saumíneo da Silva Nascimento (Foto: arquivo Portal Infonet) |
Conforme estudo divulgado pelo IBGE das Contas Nacionais, no ano de 2010 o PIB de Sergipe cresceu, em volume, 9,47% em relação ao ano de 2010, o Brasil cresceu 2,7% e o Nordeste 9,42%, portanto a economia Sergipana teve um crescimento maior que o Nordeste e que o Brasil. O PIB de Sergipe na base de 2011 é de R$ 26.199 milhões, o que representa 0,6% do PIB do Brasil e coloca Sergipe na 22ª posição entre as unidades federativas, do ponto de vista de valor do PIB.
Sergipe também permanece mantendo o maior PIB per capita do Nordeste, sendo nesta base, o PIB per capita de R$ 12.536,45, registre-se que o PIB per capita do Brasil foi de R$ 21.535,6 e o da Região Nordeste R$ 10.379,75.
O conceito de Produto Interno Bruto (PIB), trabalhado pelo IBGE e que é o mesmo das doutrinas econômicas é o seguinte: total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados ao consumo final, sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos. O produto interno bruto também é equivalente à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado, sendo, também, equivalente à soma das rendas primárias. Pode, portanto, ser expresso por três óticas: a) da produção – o produto interno bruto é igual ao valor bruto da produção, a preços básicos, menos o consumo intermediário, a preços de consumidor, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos; b) da despesa – o produto interno bruto é igual à despesa de consumo das famílias, mais o consumo do governo, mais o consumo das instituições sem fins de lucro a serviço das famílias (consumo final), mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços; c) da renda – o produto interno bruto é igual à remuneração dos empregados, mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto.
O setor agropecuário representa 3,5% da economia do Estado e isto pode ser explicado pela extensão territorial de Sergipe e a sua economia mais voltada para setores urbanos. Já a indústria representa 28,8% da economia sergipana, sendo o destaque o setor da construção civil, pois possui o maior peso no segmento industrial e tem uma participação de 7,7% na economia do Estado, mais que o dobro do peso do setor agropecuário. No segmento industrial, vale destacar que a indústria extrativa tem um peso de 7,1% na economia do Estado, indústria de transformação com 7,5% e produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana com 6,5% de participação na economia de Sergipe. Por fim o setor de comércio e serviços que representam 67,7% da economia sergipana, sendo que o comércio apresenta na data base do estudo (2011), apresenta uma participação relativa de 10,8% da economia sergipana; o setor de transportes e armazenagem tem uma participação de 4,8%; serviços de informação 2,3%; intermediação financeira e seguros pesam 4,2%; as atividades imobiliárias representam 7,8% da economia sergipana e os demais serviços pesam 10,3%. Registre-se que o setor público ainda mantém a tradição de Sergipe ter neste segmento econômico, uma forte participação na economia, chega-se quase ao mesmo peso de todo o setor industrial, na base de 2011 o percentual foi de 27,5%.
Esta taxa de crescimento do PIB sergipano de 9,47%, sendo acima do Brasil e do Nordeste, revela que estamos construindo um futuro promissor para a nossa sociedade.
(1) Economista e Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia de Sergipe