Ambulantes fazem protesto e bloqueiam trânsito no Centro

Ambulantes queimaram caixas de papelão para protestar (Fotos: Portal Infonet)

Ambulantes do Centro Comercial de Aracaju realizaram um grande protesto na manhã desta sexta-feira, 24, na tentativa de buscar uma negociação junto à Prefeitura de Aracaju para resolver a situação dos comerciantes retirados da área. A manifestação se concentrou no cruzamento entre as avenidas Itabaianinha, Divina Pastora e Carlos Firpo, onde os ambulantes queimaram papelões e bloquearam totalmente o trânsito.
 
A principal insatisfação dos ambulantes é com o prejuízo provocado pelo remanejamento. De acordo com eles, todos adquiriram mercadorias para um dia comum de vendas, mas foram impedidos de fazer a comercialização. A categoria  também alega que o local para onde foram remanejados não favorece as vendas.

Antônio Marcos conta que os ambulantes buscam uma negociação com a prefeitura

A Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) informou que os ambulantes que trabalham com utilitários foram remanejados para o primeiro pavimento do mercado e aqueles que comercializam alimentos e frutas serão foram em um outro local, numa área aberta na avenida Coelho e Campos.

“Faremos esse ato até que haja uma negociação. Acreditamos que o prefeito João Alves Filho não está a par dessa retirada brusca e truculenta”, diz Antônio Marcos Vieira Cruz, presidente da Associação dos Ambulantes da Força do Trabalhador, que é um dos organizadores do ato. De acordo com estimativas de Antônio Marcos, o ato conta com a adesão de aproximadamente 200 ambulantes, um número que segundo ele, pode chegar a 300.

Maria Valdimira está insatisfeita com o novo local

Há 9 anos nesta profissão, Maria Valdimira, alega que o seu trabalho, única fonte de renda, foi prejudicada com o remanejamento. “Estou em um local que não tem condições ideais, são muitos carros juntos, não dá para trabalhar, não posso nem circular com meu carrinho de coco. Com esse prejuízo, não sei como pagar minhas contas”, lamenta.

O ato também contou com a presença de ambulantes que não estão envolvidos na mudança. É o caso de Genilson Souza que trabalha na região do antigo Hotel Palace. “Estamos aqui para dar apoio. Acho que a PMA está fazendo por etapas, e uma hora ou outra, essa atitude vai atingir os demais ambulantes. O problema é que nesta área do mercado não há espaço para todos. Deixar uns lá e outros fora é injusto”, comenta.

Genilson não foi afetado pela mudança, mas prestou apoio aos demais ambulantes

PMA

Também na manhã desta sexta-feira, 24, durante visita às obras do Calçadão da 13 de Julho, o prefeito João Alves Filho, falou sobre a transferência dos ambulantes do centro da cidade.

“A gente está retirando os camelôs, mas em ordem. A obra está sendo vinculada a todo um projeto que está belíssimo. Nós vamos fazer o estacionamento e na parte de baixo, o camelódromo, um local decente e digno ao lado do mercado. Eles não devem ficar ficar angustiados nessa fase inicial porque nós estamos retirando porque é necessário para fazer as obras. Eles vão ficar agora provisoriamente num local muito bom preparado no mercado, mas não vão ficar permanentemente lá, é só até fazer o camelódromo”, tranquiliza.

Por Verlane Estácio

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