Últimas semanas de inscrições para o XXI Prêmio Jovem Cientista

As inscrições para o XXI Prêmio Jovem Cientista são individuais e podem ser enviadas ao CNPq pelo correio (Prêmio Jovem Cientista – SEPN 507 – Bloco B – 2º andar – Cep. 70740-901 Brasília – DF) ou para o endereço eletrônico http://www.jovemcientista.cnpq.br. Todos os trabalhos precisam estar acompanhados de ficha e comprovante de inscrição preenchidos, currículo atualizado e resumo da pesquisa com um máximo de quatro páginas. Neste resumo devem constar o nome do candidato e o título do trabalho.

O XXI Prêmio Jovem Cientista também traz novidades este ano. Agora, são cinco as categorias: Graduado; Estudante do Ensino Superior; Estudante do Ensino Médio; Orientador e Mérito Institucional. Será concedida também, pela primeira vez na história do Prêmio, uma Menção Honrosa a um pesquisador com o título de doutor que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso da área do conhecimento relacionada ao tema deste ano. Os candidatos devem ser indicados por associações ou sociedades científicas, tais como: o Conselho Federal de Medicina, o Colégio Brasileiro de Hematologia; a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).   

Premiação

Os vencedores do Prêmio Jovem Cientista — promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Gerdau, pela Eletrobrás/Procel e pela Fundação Roberto Marinho — vão ter uma grata surpresa, porque este ano o valor dos prêmios aumentou. Na categoria Graduado, para pesquisadores que tenham menos de 40 anos até 31 de dezembro de 2004, a premiação é de R$ 20 mil para o primeiro colocado; R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro. Na categoria Estudante do Ensino Superior, para alunos de cursos superiores que tenham até 30 anos de idade em 31 de dezembro de 2004, o vencedor ganha R$ 10 mil, o segundo colocado R$ 8.500 mil e o terceiro R$ 7 mil. Já a categoria Mérito Institucional incentiva a pesquisa científica em universidades, centros de pesquisa, escolas técnicas ou empresas. Será premiada com R$ 30 mil a instituição que inscrever o maior número de trabalhos com mérito científico, de acordo com critérios pré-estabelecidos pela comissão julgadora do Prêmio. Na categoria Estudante do Ensino Médio, do ensino público ou privado e de escolas técnicas, com idade até 25 anos, em 31 de dezembro de 2005, os vencedores ganham um microcomputador e uma impressora. Os orientadores e as instituições de ensino de cada um dos nove cientistas selecionados serão contemplados com microcomputadores e impressoras. O pesquisador que receber a Menção Honrosa receberá, além do reconhecimento da comunidade científica brasileira, uma placa alusiva e R$ 15 mil.

A importância do sangue e suas funções para o ser humano é indiscutível. A coagulação, a circulação de nutrientes para alimentar as células e controle da temperatura corporal são algumas das atividades exercidas pelo sangue ou a ele intimamente ligadas. Os cerca de cinco litros de sangue encontrados em nosso corpo são responsáveis pelo funcionamento adequado do nosso organismo, e exatamente por isso é que, a partir da análise desse fluido, que muitas doenças são diagnosticadas.

As doenças hematológicas são sérias e muitas vezes exigem tratamentos complexos. Assim , o avanço das pesquisas sobre hemoterapias é fundamental para uma grande parcela da população, já que as patologias do sangue (como a leucemia e a anemia falciforme) e doenças causadas por sangue contaminado, como a Aids, atingem um número considerável de pessoas em todo ao país. Para citar um exemplo, só no Brasil, cerca de 600 mil pessoas são portadoras do vírus HIV, que pode provocar a Aids, doença que destrói as células de defesa do corpo, os chamados glóbulos brancos, enfraquecendo desta forma o organismo.

Portanto, as pesquisas relativas ao sangue e seus componentes podem salvar vidas ou, pelo menos, melhorar a qualidade de vida de quem sofre com alguma dessas doenças. Hoje, já podemos usufruir de hemoterapias eficazes, que os avanços crescentes vêm proporcionando. Graças à ciência, muitos pacientes se beneficiam com uma única doação de sangue, a partir do uso seletivo dos seus componentes. Os estudos com células-tronco também têm oferecido resultados interessantes. Essas células são existentes na medula óssea e no sangue do cordão umbilical e da placenta e têm potencial para formar diferentes tecidos. As pesquisas sugerem que, no futuro, elas possam funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Mal de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso do diabetes.

Pesquisas

Mas ainda há muito o que descobrir e aperfeiçoar, e conseqüentemente muito mais vidas podem ser salvas. Assim, procurando proporcionar uma oportunidade para a apresentação de pesquisas inovadoras e motivar novos estudos na área, Podem concorrer ao XXI Prêmio Jovem Cientista:

* pesquisas sobre doenças hematológicas genéticas ou adquiridas (terapias e avanços no entendimento da fisiopatologia); anemias hereditárias e adquiridas, púrpuras, hemofilias, afecções hemorrágicas, as leucopenias, as leucemias e os tumores de células sangüineas, como o linfoma e o mieloma múltiplo;

* transplante da medula óssea e do cordão umbilical no tratamento das doenças hematológicas;

emprego das células-troco do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea na terapia celular, na regeneração dos órgãos, na geração de tecidos do organismo e no tratamento de doenças malignas e não-malignas;

* técnicas e pesquisas visando a terapia celular- vantagens e limitações-, células-tronco de indivíduos adultos, do cordão umbilical e da placenta, e embrionárias;

* doenças transmissíveis por transfusão de sangue contaminado;

* obtenção, testagem, processamento e controle da qualidade do sangue e dos hemocomponentes para uso humano;

* biossegurança: descarte de sangue, hemocomponentes e resíduos de laboratório; produção de hemoderivados rumo à auto-suficiência (imunoglobulinas, albumina e fatores de coagulação).