Policiais da Rádio Patrulha agiram com violência para reprimir a manifestação estudantil em frente ao colégio Dom Luciano, essa manhã, 30. Um membro da União de Estudantes Secundaristas foi preso e o presidente do grêmio do colégio levou spray de pimenta nos olhos. Os estudantes reivindicam a exoneração completa da direção da escola, que alegam ser incompetente.
Os estudantes comentaram que a decisão de paralisar as atividades veio após várias denúncias de falta de infra-estrutura para abrigar as aulas. Além disso um dos coordenadores da escola, Adalberto Mendes foi exonerado do cargo na última sexta-feira, 26, causando a revolta dos alunos. Em resposta, o Grêmio Estudantil resolveu que os alunos não iriam participar das aulas e exigem que a direção da escola seja afastada até quinta-feira, 1º.
Segundo Bruno Henrique Santana, presidente do Grêmio, a direção tem se mostrado incompetente,
desde que assumiu, no mês de maio. “Uma das provas foi a falta da matrícula dos alunos no simulado do vestibular do Estado”, diz. O estudante que protestava foi atingido com spray de pimenta por um dos policiais. Os estudantes bloquearam a rua do colégio
A diretora da escola, Rosa Fátima, disse não entender a manifestação. “Começou por causa da exoneração do coordenador. Os estudantes não chegaram diretamente a mim para falar que a manifestação era por falta de infra-estrutura”, diz. Os estudantes entraram em reunião essa manhã com o secretário da Educação, José Fernandes de Lima, para apresentar as reivindicações.
Repercussão
Deputados e membros da sociedade saíram em defesa dos estudantes ao saber do acontecido. O presidente da OAB-SE, Henry Clay, foi um dos primeiros a chegar na manifestação. “Quem já viu ter que retirar à força um microfone? É inacreditável o que aconteceu. O governador Marcelo Déda tem que tomar providências urgentes”, disse Henry Clay, após o microfone dos manifestantes ser apreendido pela polícia. Rosa Fatima, diretora do Dom Luciano
Os deputados Venâncio Fonseca (PP) e Augusto Bezerra (Dem) também estiveram na manifestação. O líder da bancada do governo na Assembléia Legislativa, Francisco Gualberto (PF), fez um pronunciamento na Casa. “Movimentos Sociais nunca são apolíticos. Nós estamos prestando atenção aos movimentos l
igados ao DEM causando conflitos. Mas movimentos sociais devem ser tratados como tal. Quero dizer que os excessos da polícia não são bem vindos e não tem a nossa nuência. Quem comanda a polícia tem que usar o preparo para cumprir sua tarefa sem agressões ou violência”, disse o deputado. O deputado Francisco Gualberto fala com Venâncio Fonseca sobre a manifestação dessa manhã
Os representantes do Sintese também consideram a situação uma questão política. “A exoneração do coordenador criou a revolta e foi associada aos problemas estruturais. Foi uma decisão política a de exonerar o Adalberto. A discussão de exonerar não é a essência da discussão, mas sim a da gestão democrátrica das escolas”, disse Roberto Silva, coordenador de comunicação do Sintese.
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