Aulas de informática precisam ser mais educativas

“Queremos mostrar às crianças que o computador é muito mais que uma ferramenta de bate-papo e jogos on-line. Elas precisam entender que podem conseguir informações muito legais em sites de busca capazes de tirar dúvidas constantes do dia a dia. É um trabalho gradativo, mas que vai melhorar à qualidade de aprendizagem dessas crianças”, explica a professora de informática Juliana Freitas.

Luiz Carlos Santana, coordenador de informática de uma das escolas particulares de Aracaju, diz que essa nova proposta tende a melhorar a capacidade sócio-intelectual dos alunos. “De imediato, as crianças associam computador a jogos, bate-papo e sites de relacionamentos. Precisamos desmistificar isso, porque não acrescenta em nada a capacidade produtiva deles, pois ficam cada vez mais limitados”, acredita.

Segundo a professora de português e literatura, Lígia Sales, o maior problema do contato excessivo da criança com o computador é a má utilização da Língua Portuguesa. “A internet veio para facilitar a comunicação entre as pessoas, mas gerou um descuido constante com o nosso idioma. Os textos das nossas crianças estão cada vez mais cheio de erros e os pais precisam tomar alguma providência”, alerta a professora.

A preferência das crianças e a opinião dos pais

A estudante Juliana Maria, 10, diz que aprende muito com as aulas de informática. “Agora estou aprendendo a formatar um texto no Word. É bem legal porque depois vou utilizar isso para fazer meus trabalhos. Em casa, minha mãe presta atenção no que eu vejo no computador porque ela sempre fala que eu não posso ficar muito tempo porque não é bom  para crianças. Além disso, ela sempre compra revistas educativas que mostram sites legais na internet”, diz Juliana.

Professora Juliana diz que pais precisam ficar atentos

Bruno Souza, 10, também afirma que gosta das aulas, mas prefere usar o computador em casa. “Lá eu posso ficar no computador por mais tempo e acessar o MSN e o Orkut. Meus pais trabalham o dia inteiro e eu posso ver o que eu quiser. É bom, né?”, diz Bruno.

O estudante Romisson Nascimento, 9, diz que gosta muito das aulas de informática. “Aprendo bastante e sempre uso em casa o que aprendi na escola porque quero aprender mais. Em casa uso o Orkut e o MSN também, mas não muito porque tenho horário para dormir. Se pudesse, ficaria o dia inteiro”, conta Romisson.

Marise fiscaliza uso de computador pelas filhas

Luiz Carlos Santana diz que esse é o comportamento mais correto e que os pais precisam contribuir com a metodologia dos professores. “É preciso dizer que a educação é um trabalho conjunto, com participação de pais e professores. Não basta a gente chegar à sala de aula dizendo que existem várias formas legais de usar o computador e, em casa, os pais colocarem as crianças para usar a internet exclusivamente como bate-papo porque isso interrompe nossa proposta pedagógica”, completa Luiz Carlos.