Universidades têm que se adequar às pessoas com necessidade especial

Doutora em Educação Inclusiva, Rita de Cássia
Instituições de ensino superior públicas e privadas terão até o final de 2008 para se adequarem tanto fisicamente quanto na disposição de disciplinas para atender às pessoas portadoras de necessidades especiais. Pela resolução do Ministério da Educação (MEC), as instituições teriam que ter na sua grade curricular, principalmente nos cursos de Pedagogia, Letras, Normal Superior e as Licenciaturas, matérias de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do sistema Braile.  

Segundo a doutora em Educação Inclusiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Rita de Cássia, “esse prazo expirou em 2007, levando as universidades a pedirem a prorrogação para atender o cumprimento da acessibilidade. Até o presente momento, nenhuma universidade está enquadrada na determinação. Eles alegam a ausência de profissionais habilitados para atender às pessoas com deficiência auditiva e visual, o que não é verdade”, destaca.

Tanto os profissionais da rede Estadual, como Municipal e Federal estão atentos para a capacitação continuada com habilidade na Educação Inclusiva. “Mas o processo é lento. A Educação Inclusiva está em andamento”, esclarece a professora. É preciso verificar que as pessoas portadoras de deficiência estão cada vez mais exigentes. “Eles estão questionando mais. Querem fazer parte do processo social de forma ativa. Eles não querem uma diferenciação ‘taxada’ em decorrência de suas limitações. Cada vez mais há uma consciência de seu potencial e um querer ser protagonista de sua história não aceitando restrições de fazer isso ou aquilo. Eles estão cientes sobre seus direitos. Por isso, observam-se nas universidades e no mercado de trabalho, a autonomia de um número cada vez mais expressivo de pessoas portadoras de necessidades especiais”, ressalta.

Universidades têm que ter em suas grades curriculares, a partir de 2009, matérias como a libras e o braile

Para Rita de Cássia, “estrutura física não é o mais difícil, porque o que se percebe é uma sensibilidade da sociedade de ter uma atenção a esse grupo social. Um dos principais aspectos é a preocupação com os professores no trato com a linguagem adequada para esse público, cada um em sua especificidade”. A professora completa que as legislações voltadas para a Educação Inclusiva e a discussão abrangente sobre as políticas educacionais especiais estão largamente difundidas, mas é preciso aproximar a teoria da prática.

Universidades e a acessibilidade

O assessor de Comunicação da Universidade Tiradentes (Unit), Nivaldo Menezes, diz que a partir de 2009 estão sendo ofertadas as disciplinas libras e braile nos cursos de licenciatura. “Atendendo à determinação do MEC, essa medida vai ser adotada no próximo ano. A Universidade tem como foco capacitar os profissionais do quadro da empresa”, afirma o assessor, dizendo que tem uma média 10 a 15 alunos portadores de deficiência. Eles estão em cursos como e Direito, Educação Físca, Publicidade e Propaganda e Jornalismo.

Já a Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebeu na quarta-feira passada, 2, recursos do Governo Federal para adequar as necessidades voltadas para atender essa demanda, através Projeto Incluir, de acordo com o assessor de Comunicação, Josenildo Guerra.  

Tanto a UFS quanto a Unit têm em seus registros alunos com algum tipo de deficiência sensitiva ou física. Ambas reconhecem uma necessidade cada vez crescente para fazer com que as universidades tenham uma atenção maior para esse público.

Por Karinéia Cruz e Gabriela Amorim

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