CDI distribuirá cartilhas com noções de informática

Cartilha será distribuida gratuitamente
A partir de hoje, 24, cartilhas com orientações divertidas sobre meio digital e noções de informática serão distribuídas nas escolas públicas de Sergipe. A boa notícia aconteceu graças á uma parceria entre SENAC, Sebrae e CDI/SE (Comitê para Democratização da Informática em Sergipe).

O material será lançado oficialmente às 18h de hoje na sede do SENAC no bairro São José como parte das comemorações locais da Semana Nacional de Inclusão Digital, um tema que ainda soa bastante confuso para muitas pessoas. Para falar um pouco sobre o assunto o Portal Infonet entrevistou a presidente do CDI/SE, Cristiane F. Nunes, responsável pela elaboração da cartilha.

Cristiane F. Nunes
Portal Infonet – De onde surgiu a necessidade da elaboração dessa cartilha?

Cristiane F. Nunes – A necessidade surgiu a partir da missão do CDI em se fazer a inclusão digital da forma mais pedagógica possível.

Infonet – O foco é apenas transmitir noções de informática ou também há instruções de como interagir no meio digital?

CFN – Um pouco das duas coisas. Penso que sem dar uma noção inicial as pessoas não poderão avançar para uma melhor interação. Assim, para se utilizar a internet com responsabilidade, é necessária também a compreensão de que nela nem tudo são flores, que existem perigos eminentes.

Infonet – Várias instituições são parceiras nesse projeto. Como surgiu a união e qual foi a participação de cada uma no processo?

CFN – A ONG é o 3º setor, é onde podemos compreender a seguinte afirmação: “o governo não pode fazer tudo sozinho” “a empresa não pode fazer tudo sozinha” – que são o 1º e o 2º setor, respectivamente. Então, os parceiros chegam para a união de esforços, para a certeza de que a união faz a força, e que assim, através de uma aliança, podemos construir uma sociedade melhor.

Infonet – A Semana Nacional de Inclusão Digital ocorre em todo o país e leva a sociedade a debater mais o tema, mas ele ainda é um bicho de sete cabeças pra muita gente, não é mesmo?

CFN – É, porque quando se fala em Inclusão Digital se pensa que basta dar o computador para se fazer inclusão digital, quando na verdade não é isso. Sem uma proposta de educação não há inclusão nenhuma. Veja, de que adianta você dar um computador a alguém, se esse alguém não tem acesso a trabalho, não tem acesso à escola, não tem acesso à internet, e assim vai… O processo de exclusão é muito forte. Como incluir quem está excluído economicamente e socialmente? Essa é a grande questão, e o bicho de sete cabeças que você fala, na verdade é esse.

Infonet – Ainda muito se discute sobre inclusão digital no Brasil. Enquanto estudiosos se engalfinhavam com suas teses, as lan houses invadiram os centros urbanos e até os lugares mais distantes oferecendo acesso à internet a preços bem populares. Como você vê esse fenômeno?

CFN – São as mudanças do mundo, a dinâmica da vida e das tecnologias. Com a explosão e democratização da internet as lan houses emergem como centros de inclusão digital, volto a dizer, se houver proposta educativa, se não é lan house mesmo, com objetivo mais de entretenimento do que de educação.

Infonet – Faltam políticas públicas eficientes quanto a essa problemática [de inclusão digital]?

CFN – Existe uma proposta de política pública, ainda muito fraca. Quando o governo populariza o computador e diz que pode ser vendido em 24 parcelas para o professor, sem juros e multas, está engatinhando nessa proposta. Isso lá é inclusão?

Por Glauco Vinícius e Aldaci de Souza

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