Apesar de ser recheada de apreensões, a queda do diploma para o exercício do jornalismo, decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de junho, não promoveu grandes modificações nas universidades locais. 
Queda do diploma ainda não gerou impactos significativos em Sergipe
A informação nas instituições que oferecem o curso é de que nada mudará na oferta de vagas ou investimentos em projetos futuros. “Até o momento não temos perspectivas de mudanças, mas os projetos que temos e o número de vagas continuarão como estão”, diz a assessora acadêmica do curso de Comunicação Social da Universidade Tiradentes (Unit), Polyana Bittencourt.
Polyana diz que ainda não é possível identificar uma redução no número de alunos porque o período de matrículas da universidade ainda não foi encerrado. Entretanto, uma discussão sobre o tema foi levantada no primeiro dia de aula, com participação expressiva dos estudantes. “Eles estão cientes das possibilidades que a carreira oferece agora e sentem a necessidade de continuar estudando. Temos calouros que já são formados em outras áreas e, mesmo com a decisão do STF, não desistiram de cursar jornalismo”, conta. 
Na Universidade Tiradentes o número de vagas não sófrerá redução
Entre os que já estão com o curso em andamento, a coordenadora diz que os acadêmicos participaram de uma reunião no Sindicato dos Jornalistas (Sindijor – SE), além de terem manifestado o desagrado com a decisão, junto com os professores, em um protesto na Assembléia Legislativa do Estado. “Até o fim desta semana faremos uma aula inaugural onde levaremos novamente essa discussão”, acrescenta Poliana.
Procura pelo curso deve aumentar
Na Universidade Federal de Sergipe (UFS), a professora Messiluce Hansen, chefe do Departamento de Artes e Comunicação Social (Dac), diz que ainda não é possível analisar o impacto que a queda do diploma pode gerar. “Aqui na UFS só teremos uma posição depois que o número de inscritos no vestibular for fechado”, avisa.
Ela afirma, entretanto, que a expectativa é de crescimento na procura pelo jornalismo. “A perspectiva, através de uma tomada histórica, é de crescimento. A tendência é que a procura aumente porque as habilitações em comunicação social, em especial o jornalismo, não têm decrescido”, explica. 
UFS aguarda número de inscrições do vestibular para saber se procura pelo curso diminuiu
Já entre os graduandos, Messiluce conta que há grande apreensão quanto ao futuro, principalmente em relação ao mercado de trabalho. Ainda esta semana uma reunião com os professores do Dac deve resultar em um posicionamento frente à questão.
Os investimentos no curso, de acordo com a professora, serão mantidos. “A posição que temos percebido da reitoria é de que os recursos estão garantidos, até porque estamos caminhando para seis habilitações dentro da comunicação social. Nem o futuro Complexo de Comunicação, tampouco os investimentos emergenciais serão desconsiderados”, pontua.
Por Diógenes Souza e Aldaci de Souza
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