Esta semana a Câmara dos Deputados aprovou a obrigatoriedade da oferta do ensino de religião nas escolas, ficando, entretanto, optativa a matricula na disciplina. Isto depois de um acordo firmado entre o governo brasileiro e a Santa Sé. 
Por vias transversas, ou indiretamente, tal medida, se aprovada pelo Senado, induz o aluno a estudar seu credo confessional, se o tiver, o que contraria a natureza laica do Estado brasileiro, consagrada em todas as constituições republicanas, a começar pela de 1891.
A propósito, Inglês de Souza, presidente da Província de Sergipe, antes dessa data, em pleno século XIX, aboliu a obrigatoriedade do ensino de religião nas escolas públicas sergipanas. Sem dúvida, voltamos ao passado. À Idade Média.
Por Ivan Valença
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