Na manhã desta quarta-feira, 7, professores da rede municipal de ensino marcharam em protesto até a Câmara Municipal de Aracaju (CMA). A marcha fez parte do ‘Dia de Luto e de Luta do Magistério contra o Pacote de Desvalorização da Educação’, e saiu da sede do Sindicado dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) com destino àquela Casa. 
Dia de Luto e Luta: professores protestam e pedem apoio a vereadores
De preto, os professores foram à CMA para reafirmar o apoio dos vereadores, que garantiram não votar em nenhum projeto que seja desfavorável à categoria. “Os parlamentares nos receberam bem, como sempre, mas nós queremos saber se na hora da votação eles vão estar do nosso lado ou do lado do prefeito”, declara a professora Maria Elba da Silva, presidente do Sindipema.
O vereador Josenito Vitale de Jesus (DEM), o Nitinho, disse que recebe a visita dos professores com muita preocupação, e que teme que os demais vereadores mudem o discurso e não cumpram as promessas feitas em relação ao apoio ao magistério.
“Na semana passada os professores estiveram aqui, e naquela sessão eu disse que sairia da discussão pois não queria atrapalhar a negociação entre o Poder Executivo e a categoria, já que faço parte da bancada de oposição. Fiz isso para não dizerem que eu queria politizar a situação e fui muito transparente no meu posicionamento. Espero que os meus colegas vereadores possam manter o apoio e as promessas feitas, uma vez que os professores reivindicam apenas o que lhes é de direito”, declara Nitinho. 
Nitinho (DEM) diz que saiu da discussão mas ainda apoio o magistério
Na tarde desta quarta-feira, acontece no Centro Administrativo mais uma rodada de negociações entre o Sindipema e a administração municipal. A professora Maria Elba explica que a paralisação do magistério aconteceu, por ora, apenas hoje. No entanto, ela não descarta uma futura greve: “se as negociações não saírem como esperávamos, vamos nos reunir em assembléia e pensar em uma nova proposta de luta”.
Segundo o Sindipema, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) apresentou, nas últimas negociações, um pacote de propostas que retira direitos e conquistas asseguradas em lei. Entre essas propostas, o achatamento da tabela salarial e a retirada de 15 dias das férias escolares. “Aquilo que vamos perder, caso o projeto seja aprovado, são conquistas nossas de muitas décadas. O magistério não aceita uma proposta forjada nos gabinetes que tem como objetivo a destruição da democracia e da carreira dos professores”, finaliza Maria Elba. 
Professora Maria Elba, presidente do Sindipema
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