“Não é possível a compra do prédio”, diz Semed sobre Rotary

Prédio da Rotary: Semed diz que compra não será possível
Na manhã desta quinta-feira, 08, representantes do conselho da Escola Municipal Rotary Dr. Wilson Rocha estiveram reunidos no Ministério Público Estadual (MPE). O conselho, formado por professores e pais de alunos, pediu ao promotor de Justiça Alessandro Sampaio uma ajuda para resolver a situação da escola, que com mais de 50 anos de existência está prestes a ser extinta por não ter prédio próprio.

Os representantes do conselho escolar alegam que a instituição é uma referência no ensino municipal, e com a transferência dos alunos para outra escola nas proximidades, a E.M. Rotary Dr. Wilson Rocha perderá sua autonomia, e conseqüentemente o perfil pedagógico que tanto agrada aos pais e alunos.

“Recentemente uma senhora de São Paulo me ligou, disse que vai vir morar em Aracaju no ano que vem, e perguntou se no Rotary tem vaga para seus dois filhos no ano letivo de 2010. Isso é mais uma prova que nossa escola é referência no ensino, e tudo isso será perdido com a extinção do colégio”, declara a coordenadora-geral da escola, Rosana Maria.

Promotor Alessandro Sampaio ouve solicitações do conselho escolar
A presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), professora Maria Elba, afirma que os professores do Rotary estão preocupados apenas em manter a identidade adotada pela escola. “Nós defendemos um método de ensino que vem funcionando, por meio do zelo na qualidade de ensino e compromisso do corpo docente”, afirma Maria Elba, destacando que o Rotary teve aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ano de 2007.

Os representantes do conselho escolar sugerem que o prédio da escola, que será posto à venda, seja adquirido pelo Município, ou mesmo que aquela escola seja transferida para um prédio próprio, que garanta a ela sua autonomia no ensino. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), no entanto, afirma que isso não será possível.

“Comprar o prédio é esbanjar dinheiro público”

A Semed garantiu que os funcionários serão transferidos para a E. M. Presidente Vargas, e que todos os alunos do Rotary terão suas vagas garantidas caso resolvam se matricular nessa outra instituição.

Secretária Tereza Cristina (Foto: Alejandro Zambrana)
“A E. M. Presidente Vargas tem potencial suficiente para atender aproximadamente dois mil alunos, pois lá estudam cerca de 1600 alunos. Dá para receber todos os 273 estudantes da Rotary e ainda sobrarão vagas”, garante a secretária Tereza Cristina, lembrando que os pais que não estiverem de acordo poderão matricular seus filhos em outra instituição de ensino que não seja a Presidente Vargas.

Segundo a secretária, a Semed se empenhará para garantir as mesmas condições de trabalho na nova escola, já que não existe a possibilidade de aquisição do prédio da E. M. Rotary Dr. Wilson Rocha, que é alugado. “O aluguel do prédio custa mais ou menos R$ 6.500 aos cofres do município. Fizemos uso dele durante 9 anos, o que custou aproximadamente R$ 702 mil até hoje. Seria impróprio resolvermos comprar o prédio agora. Estaríamos esbanjando dinheiro público”, enfatizou a secretária.

Sem um entendimento entre o conselho do Rotary e a Semed,o promotor de Justiça Alessandro Sampaio vai marcar uma audiência no MPE para a próxima semana. Além dos representantes da Escola Municipal, também deve estar presente na reunião a secretária Tereza Cristina. (Com informações da PMA)

Por Helmo Goes e Raquel Almeida

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