É cada vez mais comum verificar a presença de delitos homofóbicos dentro das escolas brasileiras. Tanto jovens homossexuais, quanto professores que repreendem alunos com condutas inadequadas estão sendo agredidos por adolescentes que não aceitam a diversidade sexual dos colegas. Miriam Abramovay desenvolve pesquisas sobre homofobia nas escolas
Com o objetivo de discutir esse assunto e estimular a conscientização dos adolescentes dentro das escolas, a coordenadora do Setor de Pesquisas da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), Miriam Abramovay, ministrou nesta sexta-feira, 11, às 8h, uma palestra no Tribunal de Justiça.
Rosângela Rosa, líder do Movimento de Lésbicas Greta Garbo |
Além de mostrar casos de violência homofóbica nas escolas, Abramovay afirmou que o preconceito contra garotas tem aumentado bastante. “Ouvi relatos de meninas que eram chamadas de Maria Machadão por gostarem de futebol”, afirma. “É necessário que a educação que essas crianças recebem na escola lide também com esse aspecto. O preconceito pode não ferir fisicamente, mas fere moralmente”, diz.
Debate
O evento, organizado pelo deputado federal Iran Barbosa (PT) e pela deputada estadual Ana Lúcia (PT), contou ainda com um debate realizado entre representantes de organizações homossexuais do estado. A líder do Movimento de Lésbicas Greta Garbo, Rosângela Rosa, afirma que a conscientização sobre a diversidade sexual é impedida a partir do momento em que as escolas públicas não permitem a entrada de associações homossexuais para realizar palestras.
“Eles afirmam que a nossa entrada pode incentivar o homossexualismo, o que não é verdade. Nossa intenção é educar esses adolescentes e mostrar que a variedade sexual é uma coisa que deve ser respeitada”, afirma Rosângela. A associação Greta Garbo é um grupo de assistência pessoal e jurídica aos homossexuais que sofrem preconceito. Marcelo Lima afirma que associações homossexuais não tem acesso às escolas
O representante da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhons), Marcelo Lima , concorda com Rosângela e diz que o preconceito nas escolas ainda é muito grande. “Há pouco tempo, eu realizei uma pesquisa que mostra justamente essa realidade de preconceito dentro das escolas sergipanas, onde as associações homossexuais não têm acesso”, revela Marcelo, que recentemente lançou um livro sobre o tema.
Por Carla Santana
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B