Biblioteca do Augusto Franco comemora seis anos de funcionamento

A unidade veio suprir a demanda do conjunto Augusto Franco e do bairro Farolândia, região antes carente de um local de leitura e pesquisa. De lá pra cá, se firmou como um centro cultural, realizando periodicamente uma série de atividades voltadas à comunidade local, tornando-se um ponto de difusão cultural.

Segundo Maria José Lima, diretora da biblioteca desde a inauguração, muita coisa mudou. “O acervo foi ampliado, através de compra e de doações. A frequência de visitações também foi aumentando gradativamente. A comunicação com a comunidade também foi uma mudança significativa. Hoje a relação com os moradores é bem mais próxima”, analisa.

Ivone de Carmo, moradora do bairro, conta que a implantação da biblioteca na localidade foi uma excelente iniciativa. “Foi muito importante para a região. Sempre incentivo meus filhos e sobrinhos a virem à biblioteca”, comenta.

Comemoração

Para comemorar os seis anos de funcionamento foi organizada uma programação especial. Durante três dias foi realizada uma oficina de pintura em tela, ministrada por um professor do próprio bairro. O resultado está exposto no hall da biblioteca. Na tarde dessa terça, aconteceu o ‘VI Arraiá de Aniversário da Ivone’, com apresentação da quadrilha Renascer do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro São Conrado.

A história da biblioteca foi contada nas rimas da literatura de cordel, no livreto escrito pelo cordelista Chiquinho do Além Mar e distribuído para os visitantes e frequentadores. A tarde foi encerrada com show da cantora Iracema do Forró.

Chiquinho do Além Mar, que já foi funcionário da biblioteca, relembra que o período em que trabalhou na instituição foi muito importante para sua carreira como poeta. “Essa iniciativa de contar a história em cordel é uma forma de prestigiar a cultura popular, as manifestações folclóricas que ainda são pouco valorizadas pelo aracajuano”, destaca.

Projetos e iniciativas

Maria José diz que a Ivone de Menezes tem evoluído e se estabelecido como um espaço de democratização do livro, da leitura e da pesquisa. Os projetos ‘A Hora do Conto’, ‘Encontro com o Escritor’ e iniciativas como oficinas, exposições e palestras têm atingido cada vez mais o público. “Hoje temos uma relação muito próxima com a comunidade, já temos até algumas parcerias com o CRAS e com o posto de saúde do bairro”, declara.

A biblioteca também está preocupada com a acessibilidade de seus usuários. Possui rampa para cadeirantes e acervo em braile para deficientes visuais. “É preciso democratizar o livro em seus mais variados suportes, possibilitar o acesso a um público cada vez mais amplo”, comenta.

AAN