Sem aulas, estudantes protestam em frente a escola Estadual Castelo Branco

Alunos foram até a escola cobrar o início das aulas (Fotos: Portal Infonet)

Quase na metade do ano e mais de mil estudantes da Escola Estadual Presidente Castelo Branco, localizada no bairro Industrial, ainda não iniciaram o período letivo. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Educação (Seed), a escola possui 669 alunos matriculados no ensino fundamental e 354 no ensino médio. A placa na frente do prédio mostra que a reforma deveria ter sido concluída em 180 dias, mas o prazo já ultrapassou.

Revoltados, pais e alunos realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, 23, e cobraram uma posição da Seed quanto ao início das aulas. Para a representante de pais e alunos do movimento pelo início das aulas, Denise Pereira Santana Moreira, muitos alunos estão sendo prejudicados. “A informação era que em fevereiro as aulas seriam iniciadas, mas esse prazo não foi cumprido e até hoje não sabemos quando as aulas vão começar. Muitos alunos já estão prejudicados porque não estão sendo preparados para o Enem”, observa.

Para a dona de casa Edinalva dos Santos Menezes que tem duas filhas matriculadas na escola o prejuízo é incalculável. “Minhas

Com cartazes os alunos cobraram o início do período letivo e falaram do prejuízo

filhas estudam no oitavo e no segundo ano. Imagine você ter duas filhas em casa que não estão estudando até esse momento. O prejuízo é enorme porque elas acabam perdendo o conteúdo do ano”, reclama.

Com três filhos matriculados na escola, a dona de casa Maria Eliana de Oliveira teme perder o beneficio do bolsa família. “Chegou na minha casa um papel dizendo que precisava entregar a frequência dos meus filhos. Que frequência eu vou entregar se as aulas ainda não começaram?”, questiona.

Aos 12 anos, Daniel Oliveira Silva lamenta a falta das aulas. “Como não tem aula, fico em casa. Estamos perdendo tempo porque a maioria dos colégios já começou as provas e nós ainda nem começamos o ano de estudo”, diz.

Aluno do 9º ano, Mateus Vinicius Souza relata que a falta de compromisso na entrega da obra é notória. “Na placa diz que são 100 empregos criados, mas observe que na escola não tem nem 20 pessoas trabalhando. O atraso foi pela falta de pessoas trabalhando aqui. Infelizmente, os estudantes estão prejudicados”, menciona.

A reforma da escola custou mais de R$1 milhão

O presidente da União Sergipana dos Estudantes (Uses), Aby Custódio, lembra que é preciso estabelecer uma data para o início das aulas. "A secretaria empurra o problema para a empresa que realiza a obra, e não sabemos até quando esses alunos vão ficar sem assistir aulas. A secretaria afirmou que as aulas seriam iniciadas em março e já estamos indo para o final de maio e nada de começar", critica.

De acordo com a chefe da assessoria de comunicação da Seed, Ofélia Freire Onias, a demora para a conclusão da obra foi por conta do grande número de serviços que foram realizados.

“Praticamente tivemos que reconstruir a escola. Já estamos providenciando a limpeza da unidade e, tão logo a obra seja entregue, as aulas serão iniciadas. Quanto ao período letivo, a direção da escola já construiu um calendário escolar com aulas aos sábados e não vamos ter férias, vamos trabalhar os seis meses corridos para que os alunos possam concluir sem prejuízo o conteúdo letivo e a preparação para o vestibular”, explica.

Por Kátia Susanna

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais