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Ivan Leite diz que entrou com ação na Justiça contra o Sintese (Foto: Márcio Dantas) |
O Sindicato dos Trabalhadores em Ensino do Estado de Sergipe (Sintese) enviou ofício à promotora de Justiça de Estância, Maria Helena Sanches, denunciando a prática de assédio moral e perseguição política praticada pelo prefeito Ivan Leite contra professores da rede municipal. O prefeito nega que haja as intimidações e disse que também acionou o sindicato na Justiça.
De acordo com o Sintese, os professores que utilizam camisas denunciando a administração municipal como ‘destruidora de sonho dos educadores’ estão sendo fotografados e intimidados por Leite, pela secretária de Educação, Adriana Cléa Chagas, e pelo fotógrafo contratado pela Prefeitura, Téo Batista. A camisa, segundo o sindicato, é uma forma de protestar contra o que eles consideram como 'redução de direitos da categoria'.
“Os diretores de escolas estão sendo intimidados e coagidos a fornecerem a lista dos professores e das professoras que estão utilizando as camisas do sindicato para irem trabalhar”, relatou Ivônia Ferreira, coordenadora da sub-sede Sul do Sintese.
Em nota, o sindicato repudiou de forma veemente a prática adotada pela administração municipal de coagir, assediar e ameaçar os professores a qualquer tempo e principalmente quando eles exercem o direito constitucional de liberdade de expressão e de discordar das políticas adotadas pelo chefe do executivo.
No documento, o Sintese destaca que a Constituição Brasileira no inciso IV do art. 5º afirma “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. A Carta Magna também assegura que é inviolável a liberdade de consciência, além disso, declara que a livre expressão não pode ser objeto de licença ou censura”.
“Solicitamos do Ministério Público a abertura de um inquérito civil público e uma audiência pública para tratar desta questão. Não podemos aceitar que os educadores e educadoras tenham o direito de expressão cerceado”, disse Ângela Maria de Melo, presidente do Sintese.
Camisa tem figura de caveira
O prefeito Ivan Leite disse que já havia acionado a promotora da cidade e já entrou com uma ação na Justiça contra o Sintese por considerar o protesto desrespeitoso. Ele confirmou que fotografou os professores utilizando a camisa como forma de documentar o fato, mas que não houve intimidação.
“Eu acredito que nenhum educador concordaria que um professor usasse em salada de aula uma camiseta preta, com uma figura de caveira. Isso é um desrespeito, um estímulo à violência na sala de aula”, criticou. Ele disse que na camisa está escrito 'Ivan Leite, destruidor de sonhos'. o prefeito atribuiu o protesto a questões políticas e disse que “respeita o direito de manifestação”, mas também tem o “direito de se defender”.
Por Diógenes de Souza
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