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Diretor Executivo do Sintese, Roberto Silva, diz que vai encaminhar as denúncias ao MP (Foto: Portal Infonet) |
O diretor executivo do Sintese, Roberto Silva, fez sérias denúncias na manhã desta quarta-feira, 1º, referente a professores que estariam recebendo sem trabalhar ou irregulares nas redes estaduais de ensino. Em entrevista ao Portal Infonet, o professor disse que cerca de 500 docentes são "fantasmas".
“Nós fizemos uma serie de estudos da folha de pagamento e esses estudos demonstraram irregularidades. Eu inclusive queria fazer uma correção, porque eu recebi o relatório de três mil fantasmas, na verdade são três mil as irregularidades. De fantasma mesmo, professores que a Secretaria não sabe onde estão e que estão lotados na escola sem trabalhar, está em torno de 500, 600 professores”, explica.
Sobre as irregularidades, Roberto Silva aponta: “Nós identificamos, por exemplo, professores em desvio de função que deveria estar na sala de aula, estão exercendo atividades administrativas que não é o papel do professor. O papel do professor é claro que é o pedagógico, de utilidade pedagógica”, conta.
A lista que o Sintese possui foi catalogada no primeiro semestre deste ano e mediante acesso a folha do Fundeb. Os dados se referem ao mês de novembro de 2011. Para o diretor, o quantitativo de docentes ‘fantasmas’ e irregulares, contabiliza um prejuízo anual para o estado de mais de R$ 31 milhões de reais. “Os dados de fantasmas e de servidores que a Secretaria não sabe onde estão chega a mais de R$ 31 milhões de reais no ano, fora as outras irregularidades. Isso demonstra claramente que se o estado corrigir o que deve ser corrigido, ele tem como pagar o piso de 22% pra todos os professores”, diz.
De acordo com ele, os salários são incompatíveis com o que ganha um docente da rede pública estadual de ensino. “Tem alguns salários que são desproporcionais ao que os professores recebem, tem salário de sete mil, salário de nove mil, isso aqui não é o salário de um professor, isso não é a realidade salarial, alguns estão na média, outros numa realidade desproporcional a lógica salarial do estado. O salário do professor o próprio estado diz que é uma média em torno de R$ 500, R$ 3 mil”, relata o professor.
O Sindicato pretende acionar diversos órgãos a exemplo do Ministério Público do Estado (MPE), Tribunal de Contas e Controladoria do Estado no intuito de averiguar e fiscalizar o controle e o gasto com o dinheiro público. Ao ser questionado sobre o nome e o local em que esses professores estão alocados, Roberto Silva não quis adiantar, mas garantiu que o Sindicato estará vendo a possibilidade de divulgar todos os dados para a imprensa e a sociedade.
SEED
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da SEED. Segundo informações passadas pelo assessor Givaldo Ricardo, a SEED acha um absurdo a acusação e vai encaminhar um ofício a diretoria do Sintese para que o Sintese aponte nominalmente os professores que eles julgam como ‘fantasma’.
Por Aisla Vasconcelos
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