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Capoeristas (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Ele pula, gira, canta e ginga. Carrega nos pés um misto de história, dança e luta que nasceu com os escravos e se tornou um dos principais símbolos culturais do Brasil. O dia 3 de agosto é dedicado ao capoeirista, uma figura fundamental para preservar e difundir a capoeira como expressão da cultura afro-brasileira.
A capoeira surgiu no período colonial, quando os escravos trouxeram para o Brasil uma dança composta por passos que imitavam o comportamento dos animais e consistia na disputa pelo amor de uma mulher. Conhecido como ‘dança das zebras’, o jogo angolano começava com a formação de uma roda, contendo dois capoeiristas no centro.
Ao som dos berimbaus, eles davam início à luta, da qual o vencedor teria direito a ficar com a amada. A brincadeira em volta da roda ganhou fama nos quilombos, virou forma de resistência a escravidão, chegou a ser classificada como prática criminosa e atualmente recebeu o título de patrimônio cultural do Brasil.
Conhecendo a importância e os benefícios da capoeira, o Instituto Federal de Sergipe (IFS) estimula a prática da atividade e reúne todas as quartas-feiras, às 16h, no Ginásio de Esportes do IFS – Campus Aracaju, estudantes interessados em aprender a dança.
Correntes
A capoeira está divida em duas correntes, a angolana e a regional. O ritmo angolano é mais lento e cadenciado. O regional é ligeiro, marcado por uma sequência de golpes. Entre os principais capoeiristas brasileiros estão os baianos Manoel dos Reis Machado (mestre Bimba), criador da capoeira regional, e Vicente Ferreira Pastinha (mestre Pastinha), fundador da primeira escola de capoeira angolana legalizada pelo governo da Bahia.
Atualmente, o capoeirista desenvolve as duas linguagens rítmicas com a mesma capacidade. Acima de tudo, ele aprende a trabalhar os diversos aspectos da capoeira, como arte, dança, luta, jogo, exercício de características acrobáticas, de controle e consciência corporal, de resistência, de força, de criatividade e de flexibilidade.
Música
A música é uma das características mais marcantes da capoeira. Ela é tocada por membros da roda que se revezam e possui uma regra fundamental: os participantes da roda precisam responder ao canto. As ladainhas são acompanhadas pelo toque de alguns instrumentos, como pandeiro, atabaque, berimbau e agogô. As letras remetem ao cotidiano dos escravos, a religião e as relações entre homem e mulher.
A arte da capoeira, como outras manifestações populares, representa hoje um importante aspecto do folclore brasileiro. Além disso, ela tem sido utilizada não só como atividade física e diversão, mas também como terapia para pessoas portadoras de deficiências neurológicas, neuroses e dificuldades de aprendizagem. A capoeira é praticada em clubes, academias e escolas, atraindo crianças, jovens e adultos.
Fonte: Ascom IFS/SE
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