Este 2018 foi perdido para Sergipe. Não fossem as obras tocadas com os recursos do Proinveste, o governo teria passado o ano apenas pagando a folha de pessoal, e assim mesmo com atraso. A Assembleia também não produziu muita coisa em favor dos sergipanos. Para justificar os gordos salários, os parlamentares aprovaram títulos de cidadania, indicações e projetos enviados pelo Executivo. E foi só! Fortemente atingida pela grave crise econômica e institucional vivida pelo país, a iniciativa privada encolheu de tamanho. As empresas que sobreviveram chegam ao fim de 2018 com a corda no pescoço. Portanto, este é um ano que não deixa nada de bom para ser festejado. Uma lástima!
Reajuste garantido
O sindicato das empresas de ônibus da Grande Aracaju é um dos patrocinadores do Réveillon da capital. Em contrapartida, a Prefeitura deve autorizar um exagerado reajuste no preço da tarifa, que hoje é de R$ 3,50. Ou seja, os empresários apenas vão antecipar parte do lucro que terão com o aumento da passagem, para a Prefeitura pagar o cachê dos músicos e a queima de fogos de artifício na festa da virada do ano. Marminino!
Pedindo socorro
As irregularidades verificadas no matadouro de Itabaiana, que resultaram no afastamento e prisão do prefeito Valmir de Francisquinho (PP), são pinto diante dos escândalos ocorridos no abatedouro de gado de Canindé. Quem garante isso é o vereador Caloi (PP), presidente da Câmara daquele município. O parlamentar pede, inclusive, a presença na cidade do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública da Polícia Civil. Pelo visto, se a Polícia investigar a denuncia de Calói, terminará prendendo muita gente em Canindé. Cruz, credo!
Juntando os trapos
O PCdoB e o PPL vão virar uma única legenda. A fusão das duas siglas visa superar a cláusula de barreira e não correr riscos de extinção. Pela regra aplicada nas eleições deste ano, cada partido precisa conseguir pelo menos 1,5% dos votos válidos, distribuídos em, ao menos, nove unidades da federação ou eleger nove deputados federais. Caso essas exigências não tenham sido atingidas, a sigla pode ficar sem recursos de fundo partidário e sem tempo de propaganda gratuita. Aff Maria!
Quer explicação
O Ministério Público Federal intimou os professores Romero Venâncio, Airton de Paula, presidente da Adufs (Sindicato dos Docentes), e Fábio Santos, coordenador do Sintufs (Sindicato dos Servidores), para prestarem esclarecimentos sobre evento chamado “A UFS contra o fascismo”, realizado em outubro último, no Campus de São Cristóvão. O evento contou com as presenças de docentes de outros estados, a exemplo de Luís Felipe Miguel (UnB) e o escritor João Silvério Trevisan. Esta informação é do blog Primeira Mão!
Última mordomia
Com o mandato prestes a terminar, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) deu com os costados na Coreia do Norte. A viagem à ditadura asiática deve ter sido a última mordomia de Vavá paga pelos contribuintes. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o senador recebeu R$ 16 mil em diárias e teve o seguro de viagem, de R$ 330, custeado pelo Senado, que também pagou a passagem de R$ 23.816,96. Êita vidão!
Arrumando a casa
Os deputados estaduais governistas vão ser apresentados, hoje, ao projeto de reforma administrativa do Executivo. Será durante audiência dos parlamentares com o governador reeleito Belivaldo Chagas (PSD). A proposta prevê redução do número de secretarias e de cargos comissionados. Visando reduzir custos para garantir a governabilidade, o projeto deverá ser enviado à Assembleia esta semana, para ser aprovado antes do recesso parlamentar. Então, tá!
Cadê o dinheiro?
“Que justiça é essa que só atende aos de cima?”. A indagação é do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Sergipe. A entidade reclama que a presidência do Tribunal de Justiça ainda não se posicionou sobre as demandas salariais dos servidores. Também revela que ao reajustar em 16% os salários dos magistrados, o TJ “reconhece que a revisão das perdas salariais é uma garantia que deve ser paga imediatamente”. Homem, vôte!
Fase final
A Comissão Estadual da Verdade está concluindo a análise de documentos e o relatório final. Nestes quatro anos de atuação, a Comissão colheu algo em torno de 30 depoimentos e catalogou documentos sobre a atuação em Sergipe da ditadura militar de 1964. Quando estiver pronto, o relatório final com depoimentos e pesquisas será transformado em livro e publicado pela Editora Diário Oficial de Sergipe. Muito bom!
Fora das telas
As mulheres negras não estão nas telas de cinema, nem atrás das câmeras. Pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro mostra que pretas e pardas não figuraram nos filmes nacionais de maior bilheteria. Apesar de ser a maior parte da população feminina do país (51,7%), as negras apareceram em menos de dois a cada 10 longas metragens rodados no Brasil. Em nenhum dos mais de 200 filmes nacionais de maior bilheteria teve uma mulher negra na direção ou como roteirista. Uma lástima!
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