2022: Edvaldo tenta afagar o ressabiado Laércio. Rogério só observa

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

E o deputado federal Laércio Oliveira, PP, vem dando demonstrações que não está de brincadeira quando diz nos bastidores que pretende disputar um cargo majoritário nas eleições 2022.

Sabendo que algumas lideranças e amigos de Laércio Oliveira estão alertando o deputado que o apoio prometido por Edvaldo Nogueira para 2022, pode ser mais uma armadilha ardilosa como foi feita para Albano Franco em 2010 e André Moura em 2018, o prefeito de Aracaju encaminha o padre Inaldo, prefeito de Socorro, para o PP com o intuito de acalmar e assegurar a confiança de Laércio Oliveira.

Só que antes de 2022, tem as eleições 2020 que serão decisivas para o projeto de Edvaldo. Se a eleição fosse hoje com a oposição dividida como está, Edvaldo não só estaria no segundo turno, como “mataria” o pleito.

Porém, as demonstrações de carinho de Edvaldo para Laércio Oliveira que sonha com 2022 está deixando o senador Rogério Carvalho, possível candidato ao governo, com uma pulga atrás da orelha.

Para os amigos, Rogério Carvalho já disse que observa atento a dança eleitoral do Foguinho Zabumbeiro.

 

Demissões GBarbosa Cencosud O blog recebeu ontem que o GBarbosa Cencosud iniciou uma série de demissões em Sergipe. Começou pelo Centro de Distribuição localizado em Socorro, na BR-101, na entrada de Aracaju, onde foram demitidos 16 funcionários na última segunda-feira.

Tobias Barreto: vereador faz questionamentos em voto de Dilson de Agripino em Gustinho Ribeiro que em 8 anos não apareceu no município e o pai, que é conselheiro do TCE O radialista e vereador de Tobias Barreto, Gilson Ramos, conhecido como Gata Amarrada, se notabiliza pela coragem de falar o que pensa, investigar e denunciar o que descobre de errado. No vídeo, Gilson questiona aos leitores se alguém viu Gustinho Ribeiro em Tobias Barreto nos oito anos que Dilson de Agripino foi prefeito. Hoje ele é deputado estadual. “Gustinho Ribeiro mora ali em Lagarto pertinho, alguém viu ele ajudando Dilson ou vindo em Tobias Barreto para uma inauguração fazendo uma base política?”, questionou.

Será que Gustinho pediu alguma coisa ao pai para dar uma ajuda a Dilson? Gilson Ramos conclui que ninguém viu e mesmo assim Dilson de Agripino votou em Gustinho Ribeiro para deputado federal. “O pai de Gustinho é conselheiro do Tribunal de Contas e vai ser agora o presidente do TC. O pai de Gustinho que é federal e que Dilson votou nele assim do nada. Não é interessante. Será que teve algum adjutório (ligação) aí. Será que Gustinho pediu alguma coisa ao pai para dar uma ajuda a Dilson? Será que o conselheiro deu alguma ajuda a Dilson? Não sei, estou perguntando, mas não é estranho? Não dá para a gente ficar refletindo assim? Dilson botou a turma dele toda para votar em Gustinho. Gustinho nunca veio aqui.” O vídeo:

 

Bahia: Desembargadores acusados de formarem uma organização criminosa Ontem, 19, 0 presidente do TJ da Bahia e mais 5 magistrados foram afastados por suspeita de venda de sentenças. O STJ também determinou a prisão de 4 suspeitos e o bloqueio de R$ 581 milhões em bens em investigação sobre legalização de terras no oeste baiano. Em nota, o TJ-BA informou que foi surpreendido com a ação e que ainda não teve acesso ao conteúdo do processo. Toda matéria do G1 Bahia aqui.

Pinicão da empresa DESO joga água de dejetos no rio São Francisco O portal Propriá News denunciou um crime ambiental e contra a saúde pública que vem sendo cometido há vários dias no município de Propriá. Trata-se da empresa Deso que mantém uma caixa coletora para tratamento de dejetos, conhecida popularmente como pinicão que, segundo denúncia de pescadores e banhistas, está jogando todo liquido nas margens do rio São Francisco, trecho do bairro Poeira.

 

 

Concursados Alese apreensivos: duas decisões que garantiam a convocação caíram na semana passada O blog recebeu mensagens de concursados da Alese por conta de duas decisões que garantiam a convocação deles que caíram na semana passada, com a sentença do juiz Marcel Britto, julgando o agravo de instrumento no processo 201900711722, na 1ª Vara Cível do tribunal de Justiça.

Sem devolução e exonerações A Assembleia Legislativa não terá mais que devolver parte dos servidores requisitados e a exoneração da grande maioria dos cargos em comissão, como mandavam as decisões do juiz convocado da Desembargadora Iolanda Guimarães e também a decisão do juiz de primeiro grau da fazenda pública, Luiz Serravalle. Com a decisão do juiz Marcel Britto o processo para até julgamento final de ação que obrigado a Alese convocar os aprovados do último concurso. Essa decisão deixou os concursados apreensivos.

‘Pacote de maldades’ do governo contra o Magistério O deputado estadual Iran Barbosa denunciou ontem, 19, que o Poder Executivo encaminhou para a Assembleia Legislativa dois projetos de lei prejudiciais aos direitos do magistério sergipano. “Nós não aceitamos essa agressão aos nossos direitos. Vamos resistir e precisamos derrotar essas propostas”, refutou Iran Barbosa

Revogando direitos De acordo com o parlamentar, que é integrante do Magistério estadual e defensor dos interesses da categoria no Poder Legislativo, as proposituras alteram elementos significativos da carreira profissional, modificando regras para a aposentadoria e revogando direitos historicamente conquistados pelos educadores sergipanos. Os projetos foram encaminhados a diretoria do Sintese.

Profissionais de segurança pública de Sergipe farão mobilização amanhã,21 O governador Belivaldo Chagas fez promessas aos profissionais de segurança pública do Estado, mas não cumpriu. Diante desta traição com quem arrisca a vida para proteger o cidadão sergipano, a Frente Unificada dos Operadores de Segurança Pública fará um ato de luta coletivo nesta quinta-feira, 21. O ponto de concentração será o estacionamento do teatro Tobias Barreto, a partir das 7 horas, em Aracaju.

Três pontos A Frente Unificada exige três pontos ao Governo de Sergipe: reposição inflacionária, reestruturação das carreiras e melhoria das condições de trabalho destes profissionais, que arriscam suas vidas diariamente no combate à violência e criminalidade no Estado. Estarão presentes: policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, peritos criminais, papiloscopistas, policiais penais, agentes socioeducativos e demais profissionais da área.

Programa de Regularização Fiscal 2019 Ontem, 19, o secretário de Estado da Fazenda, Marco Antônio Queiroz, juntamente com a equipe técnica da pasta, apresentou detalhes sobre o Programa de Regularização de Dívidas (Refis), aberto pelo Governo do Estado. Pelo Refis, a administração estadual oferece condições diferenciadas para as empresas e consumidores que tiverem interesse em quitar os débitos com o Tesouro.

Refis dará opções de parcelamento do ICMS e do IPVA Consumidores inadimplentes com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou com o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) poderão através do Programa, quitar as dívidas com melhores condições. “Para aqueles que quiseram negociar os débitos à vista, haverá um desconto de 95% em multas e 80% em juros e esta negociação deve ser feita até o dia 20 de dezembro. Porém, o programa se estende até o dia 27 de dezembro para quem quiser fazer essa negociação parcelada, também com ótimas condições”, esclareceu o secretário da Fazenda, Marco Antônio Queiroz.

Débitos adquiridos até dezembro de 2018 Além dos descontos em juros e multa, o Refis oferece ainda

Foto: Arthuro Paganine.

opção de parcelamento em até 120 meses para os débitos em ICMS e em 48 vezes para débitos com o IPVA. Vale ressaltar que o Programa é válido para débitos adquiridos até dezembro de 2018.

Aquecimento Segundo o secretário Marco Antônio Queiroz, a medida visa aquecer a economia. “O último Refis foi realizado em 2017, mas durante todo este ano a Secretaria da Fazenda tem proposto oportunidades de rever a situação dos empresários. Abrimos parcelamentos e assim, desde abril, já atendemos mais de três mil contribuintes, colocando em dia mais de 100 milhões de reais em débitos com o estado. Além disso, esse Refis tem tem um diferencial que é a inclusão do IPVA”, completa.

Site e centros de atendimentos O objetivo do Governo do Estado é arrecadar mais de 50 milhões com o Programa. “Em 2017, no último Refis, tivemos uma arrecadação de 27 milhões de reais, neste estamos buscando o dobro. Qualquer contribuinte pode fazer sua simulação ou renegociação diretamente no site da Sefaz. Quem preferir pode se dirigir a um dos Centro de Atendimento ao Contribuinte da Sefaz, localizados na Capital (sede da Secretaria e no Ceac do Shopping RioMar) ou no interior.

Mais um apoio a Toinho Toyota na Barra dos Coqueiros Deu no site A Barra é Notícia:
Filiado ao PSB, Dr Edney Caetano, é mais um a aderir à pré-candidatura de Toinho da Toyota (MDB), para prefeito de Barra dos Coqueiros. Segundo o doutor, o parlamentar é o melhor quadro dentre todos os que se apresentam para administrar Barra dos Coqueiros, junto com Airton Martins.Ele reforça ainda que a cidade precisa ter, um político das características do atual prefeito, que é próximo do povo e que sempre está com a porta da sua casa aberta para atender a todos. Toda matéria aqui.

ESPECIAL/POESIA

Acampamento levantado
A casa está vazia
E a gente acorda assim
Meio triste, meio ranzinza
Rafael olha e fala prá mim:
“É tio, tá meio quarta-feira de cinzas”

VAI-SE MAIS UM FASC
FECHA-SE A CORTINA

Luiz Eduardo Oliva

Tudo se vai, cai o pano
O que fora divino
Agora é profano
Sou João Bebe Água
Cidadão do mundo
Sou um sergipano.
A cidade silente
Ainda há pouco
Havia uma euforia
Dentro da gente

Três dias
No martelo agalopado
Comendo teatro,
Tragando poesia,
Cheirando música
Ora comportados
Ora indescentes.
Injetando a cultura
Nosso entorpecente
O festival tanto é mar
Como é rio corrente

Na roda da vida
Da literatura
Bebendo a cachaça
Pisando macio
A expressão da gastura…
Que pentcha é essa
Cabrunco! …é bom!

É a roda de samba
Da mesa do bar
Na dança que dança
Na conversa afiada
Fuçando o cinema
Bebendo a poesia
Sou Madre Albertina
Sou apostasia

Eu sou João de Barros
Sou Lu Spinelli
Sou Eurico Luiz
Performaticamente expondo
Na Igreja Matriz

Eu sou Zé Prochelo
E sua Zabumba
Sou Mestre Euclides
Sou alegoria
Eu sou São Cristóvão
E seus campanários
Suas sacristias
Sou suas torres…
Vetustas igrejas
Sou sua Lira
Sua cantoria.

Sou dos Nunes
Sou dos Silveiras
Dos Souzas…Carvalhos
Sou Ubá, sou dos Matundê
Sou dos Santanas e Arariboias
Baepeba e a Índia Potira
Eu venho da Serra Leoa
Eu sou Angola.

Sou João Mulungu
Eu sou Macambira
Eu sou o índio Serigy
Eu sou João Oliva
Sou Alencarzinho
Eu sou Mariano
Sou de agora
Sou de “para o ano”

Eu sou o Mateus do Reisado
Sou de todos os Santos e dos Olivais
Eu sou resistência
Que nasce no Fasc
Que morre e renasce
Noutros festivais

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018

Impressionante como, NADA, absolutamente NADA, do que esse governo diz, é verdade! De um servidor público revoltado: “Fui até uma agência do Banese hoje pra negociar o meu 13° salário e fui informado pelo gerente que não há previsão de liberação dessa negociação, tendo, inclusive, o gerente, recebido um e-mail da diretoria do banco, informando que, até agora, essa notícia não passava de especulação!! Ou seja: Belivaldo mentiu, novamente, em sua entrevista na semana passada. Lastimável!!”

Detran no Shopping RioMar: uma vergonha! Do leitor Antônio Duporto: “Os usuários do DETRAN, que pagam as altíssimas taxas dos precários serviços ofertados pelo órgão, tem que tomar providencias urgente para resolver o problema de emissão de documentos. Já estive no Detran/Riomar pela terceira vez e a desculpa é que o sistema está fora do ar. Paguei pelo documento e quero recebê-lo. Os servidores quanto são questionados ficam de cara feia para os cidadãos que pagam seus salários. É mais fácil falar com o Papa do que com o coordenador do DETRAN. Tomem providências urgente, tem gente vindo do interior e tendo que retornar. Que Estado é esse? Que falta de respeito!!! Os veículos de imprensa estão convidados a visitar o Detran do RioMar, será uma excelente pauta. Só reclamação, uma VERGONHA!!!!”

Deixem o Mengão fora dessa briga estabelecida entre Bolsonaristas x Petistas. Flamengo não pode e não deve discriminar ninguém!  Do ex-deputado federal e flamenguista de quatro costados João Fontes: “É impressionante constatar como a idiotia tomou conta do nosso País. Até pessoas que sempre tiveram uma postura de equilíbrio e de sensatez se perderam na pequenez do jogo da briga estabelecida entre Bolsonaristas X Petistas. A loucura agora é rotular o Clube de Regatas do Flamengo como instrumento que vem sendo utilizado pela direita. O argumento é que o Presidente da República e o governador do Rio de Janeiro vestiram a camisa do Flamengo em alguns jogos, e que Bolsonaro teria presenteado o Presidente da China com a camisa do Manto Sagrado. Os argumentos utilizados no artigo publicado no jornal El País chegam a ser ridículos. Parece que uma parte da imprensa já começa a esboçar um novo Lula Livre para as graves denúncias de propinas na construção do Estádio do Corinthians. Quero fazer um apelo aos malucos que querem trazer a briga insensata da política para o futebol. POR FAVOR: DEIXEM O MENGÃO DO MEU CORAÇÃO 🖤❤ FORA DESSA BRIGA MESQUINHA! NÃO É PROIBIDO VESTIR A CAMISA DO FLAMENGO, QUALQUER CIDADÃO QUE PROFESSAR SER DE DIREITA OU DE ESQUERDA. VAMOS TODOS OS BRASILEIROS FAZER UMA GRANDE CORRENTE PARA CONQUISTARMOS O BI CAMPEONATO DA LIBERTADORES E MUNDIAL. O FLAMENGO NÃO PODE E NÃO DEVE DISCRIMINAR NINGUÉM!!!”

Empresa sergipana lança experiência interativa de realidade virtual para apresentar seus empreendimentos Não é de hoje que organizadores de eventos das mais variadas áreas de atuação de mercado enxergam na tecnologia a chance de se diferenciar e aumentar o seu nível de sucesso. Pensando nisso, a Construtora JFilhos preocupada com seus clientes vem investindo em tecnologias e inovando a cada dia, prova disso é que durante o 1° Feirão de Imóveis realizado pela Casa Mais Imobiliária, na cidade de Lagarto, entre os dias 18 e 21 de novembro. A empresa lançou uma experiência interativa de realidade virtual para apresentar seus empreendimentos. Todos os visitantes que comparecerem no stand da JFilhos durante o evento terá a oportunidade de fazer um tour virtual em uma de nossas unidades habitacionais; apenas girando o rosto o usuário poderá navegar pelo aplicativo e passear pela maquete virtual, desde o interior até a área externa da casa decorada como se estivesse no imóvel. Para o diretor de negócios da Construtora JFilhos, Evislan Souza, apresentar novas ferramentas com o objetivo de trazer o que há de melhor no mercado faz todo o diferencial perante as demais construtoras.

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ARTIGO

 

Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana

20 de Novembro: dia Nacional da Consciência Negra Povos Tradicionais de Matriz Africana e o Direito a Territorialidade.

Irivan de Assis Pejigan, Graduado em Pedagogia.

O Estado de Sergipe é profundamente marcado pelo racismo. Componente estruturante da constituição da sociedade sergipana, estabelecido na escravidão a que foram submetidos milhões de povos africanos durante mais de três séculos, desde o período da colonização até final do século XIX. No período republicano, o racismo foi reforçado, de forma perversa e dissimulado, pelo mito da democracia racial, baseada no elogio à miscigenação e ao branqueamento da população brasileira, postulados pelas elites herdeiras da escravidão desde as primeiras iniciativas de promover a imigração europeia. A República, até bem pouco tempo, ignorou negros e negras como sujeitos de cidadania, mantendo-os na mais completa exclusão social, discriminando suas manifestações culturais e criminalizando qualquer forma de resistência.

Estando politicamente subordinada à Bahia até 1820, Sergipe tinha sua economia dependente em relação àquela província. No início houve o desenvolvimento da pecuária, passando a desenvolver-se a cultura canavieira a partir do século XVIII. A entrada dos primeiros escravos negros acontece já no século XVII, tornando-se mão-de-obra dominante no século seguinte. Em Sergipe, os negros foram oriundos principalmente através da Bahia, embora também viessem de Pernambuco e pudessem ter sido desembarcados no próprio litoral sergipano. Convém ressaltar também os grandes deslocamentos internos, no próprio território brasileiro. Já desde os meados do século XVIII, diminuto era o número de cativos originários da África, predominando, por conseguinte, os negros e negras nascidos na América.

Os Povos Tradicionais e Comunidades de Matriz Africana em Sergipe resultam de cisões e fusões que ocorreram ao longo do atribulado e secular processo de escravidão no país. Na Lei de Terras do Brasil de 1850, os africanos e seus dependentes foram excluídos da categoria de brasileiros e classificados apenas como libertos. Mesmo que tivessem comprado, herdado ou recebido terra em doação eram frequentemente expulsos dos territórios escolhidos para viver. Assim, para os povos tradicionais e comunidades de matriz africana, a terra sagrada e comunitária passou a ter outro significado: a luta para mantê-la, exatamente como faziam seus ancestrais.

Durante a maior parte da história do Brasil, o trabalho dos africanos e seus descendentes foram fundamentais para a produção agrícola, a pecuária, a extração da madeira, a exploração de minérios e outras atividades. Após o fim legal da escravidão, parte dessa

mão de obra, até então essencial à economia do país, passou a se concentrar na pequena produção rural, mais voltada para a subsistência do grupo familiar. Assim, torna-se imprescindível buscar assegurar os direitos desse segmento, prevendo medidas relativas à questão fundiária, credito agrícola, infra-estrutura e a qualificação profissional.

A Politica Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais foi instituída em 2007 pelo Decreto 6.040. O Decreto define os princípios, objetivo geral, objetivos específicos e os instrumentos de implementação da Política. No inciso I, do artigo 3°, é dada a definição de povos e comunidades tradicionais: “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”. Esse Decreto é o primeiro marco legal que garante os direitos e reconhece a diversidade dos povos e comunidades tradicionais para além dos povos indígenas e das comunidades quilombolas.

Nesta concepção, as comunidades tradicionais de matriz africana, espaços de prática das religiões de matriz africana, estão incluídas entre os povos e comunidades tradicionais do país, mas não se constituem apenas como locais de culto religioso. São também instrumentos de preservação das tradições ancestrais africanas, de luta contra o preconceito e de combate à desigualdade social, visto que desenvolvem ações sociais no seu entorno, dentre as quais, atividades relacionadas à segurança alimentar e nutricional da comunidade geograficamente constituída. São, portanto, espaços de acolhimento e prestação de serviços sociais a grupos e pessoas que vivenciam situações de vulnerabilidade, visto que tais comunidades, em sua maioria, estão localizadas em áreas de vulnerabilidade social.

As complexidades inerentes às culturas e povos tradicionais de matriz africana foram preservadas e continuamente reconstruídas, mas hoje correm riscos de toda ordem de perdas. O racismo, a violação de direitos, a discriminação religiosa, incluindo sistemática difamação pela mídia, as dificuldades financeiras, o desenfreado e agressivo avanço imobiliário colocam em risco a existência e a continuidade de um patrimônio material e imaterial construído ao longo dos séculos da história desses povos e do próprio país.

Os Povos Tradicionais e Comunidades de Matriz Africana no Brasil têm como problema recorrente a perda dos seus espaços. Esses templos sagrados, particularmente os que estão situados no Estado de Sergipe, estão sendo constantemente submetido a um processo de redução dos seus territórios, fenômeno causado pelo processo acelerado de urbanização que vem ocorrendo em nosso Estado, sobretudo nas últimas décadas. A pouca utilização econômica desses espaços, em virtude da veneração dos espaços naturais – matas, lagoas, rios, manguezais – que lhes é peculiar, facilita o avanço da especulação imobiliária sobre eles. Além dessa veneração aos espaços naturais, o que a maior parte dessas comunidades tradicionais de terreiros tem em comum é o déficit social que lhes atingem, por ser uma parcela da população predominantemente negra, historicamente desfavorecidas.

A herança histórica do racismo e da intolerância religiosa, deixada pelo Brasil Colônia, nos obriga no século XXI maior eficiência nos resultados de nossas ações, constituindo, nesse sentido, um importante e valioso instrumento de trabalho que possibilite um novo olhar na aplicação de políticas públicas em prol da mudança de culturas geradoras de condutas discriminatórias e que será prioridade a aplicação de políticas públicas com fins de prevenção, pacificação social frente ao racismo e a intolerância religiosa.

A Construção da identidade da população negra está diretamente relacionada aos seus territórios, às memórias e representações sociais de seus referenciais de religiosidade. Ao longo do tempo, os negros vêm perdendo seus territórios, tanto humanos e culturais como espaciais e geográficos. Essa perda se inicia na África, com o processo de colonização. Depois da diáspora, os negros no Brasil se esforçam por reconstruir seus espaços de referência, mas o processo de perda permanece. Há séculos, os negros vêm perdendo seus vínculos com o meio e os locais de origem, o que afeta diretamente sua identidade. Assim, em seu Artigo publicado no periódico eletrônico de psicologia – Revista de Psicologia Gilmara Mariosa traz questionamentos importantes que nos leva a refletir a respeito de como podemos construir identidade sem referenciais? O que teremos para apresentar aos nossos descendentes se nossos territórios identitários são cada vez mais invadidos, deturpados, desvirtuados. Como construir subjetividades sem um território de referência? Cada vez mais terreiros, quilombos e outros territórios de forte identidade negra são perdidos. Segundo Milton Santos, território é “um lugar onde reside a única possibilidade de resistência aos processos perversos do mundo, dada a possibilidade real e efetiva da comunicação, logo da troca de informação, logo da construção política”.

Portanto, os Povos Tradicionais de Matriz Africana são os centros dos saberes e seus Territórios em suas formas tradicionais de ensino e transmissão de conhecimento, são, por excelência, os lugares de preservação das diferentes línguas de matriz africana que aqui chegaram com a diáspora. Entendidas nos seus significados amplos, as línguas trazem em seus bojos a própria cultura, o universo simbólico, imaterial, onde passado, presente e futuro a existência sustentada em valores e princípios.

“Podemos vislumbrar como é possível identificar como as pessoas negras crescem e constroem suas identidades. Habitamos em um universo onde nossos referenciais de ancestralidade são quase todos associados a fatores negativos. No qual o espelho reflete ora o que somos, ora o que queremos ser. A dura realidade é que, em boa parte das vezes, os dois reflexos são completamente diferentes. Os lugares sociais do negro são demarcados, e os que ousam transgredir são duramente reprimidos. Alguns, para conciliar, se embranquecem e fazem o jogo social, associando-se ao mais forte, como o ditado antigo: “se não se pode vencê-los, junte-se a eles”.

Outros se resignam ao lugar que lhes é relegado. Há ainda aqueles que ousam transcender e ocupar os lugares que são socialmente vistos como já ocupados pelos brancos. Às vezes, pagam um alto preço por isso, mas têm a satisfação de dever cumprido. Resta-nos decidir de que lado vamos estar. Onde nos localizamos nesse território social tão demarcado? Vamos ocupar nosso território ou nos contentar com os espaços que nos são relegados”?

E concluímos com o pensamento do Dr. Geógrafo Milton Santos, antigamente as grandes nações mandavam seus exércitos conquistar territórios e o nome disso era colonização. Hoje as grandes nações mandam suas multinacionais conquistar mercados e o nome disso é globalização.

 

ABBA EXPERIENCE IN CONCERT
29/11/2019/ABERTURA: 20h30 – INÍCIO: 21h30
Teatro Tobias Barreto – Abba correto – ARACAJU/SE
Taxa de Serviço:15%. Ingressos aqui.

PELO TWITTER

 

www.twitter.com/carlosveraspt Capa da Folha de São Paulo de hoje. Reflexo do desastre ambiental do governo Bolsonaro, que apoia garimpo ilegal e desmatadores e, ao mesmo tempo, desmonta e desautoriza órgãos de fiscalização. Porcentual é o maior salto de um ano para o outro dos últimos 22 anos. #sosamazonia

www.twitter.com/gilmarcarvalho MPE investiga suposta ilegalidade em proventos de Belivaldo – NE Noticias.

www.twitter.com/SauloLuiz_ Estamos em 2019, mas ainda tem gente se divertindo com

animais marinhos em potinhos. Acabei de vê no Instagram. Admire cavalos marinhos no seu habitat natural, por favor. A biscoitagem está ficando cabulosa.

www.twitter.com/FabioHenriqueSE Uma das mais belas sessões da Câmara Federal. Homenagem aos 124 anos do Flamengo.

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frase do Dia
“Mas eu digo a vocês que me escutam: amem seus inimigos, e façam o bem aos que odeiam vocês. Desejem o bem aos que os amaldiçoam e rezem por aqueles que caluniam vocês.” Lucas 6,27-38.

*Sertão – Ninho da Casaca de Couro… Por Antônio Samarone
“O ninho de uma casaca
*Não parece ninho não…”
“Em riba do pé de turco
Tem um ninho de graveto
Tem garrancho de jurema
Tem pau branco, tem pau preto
Tem lenha que dá pra facho
Tem vara que dá espeto.”
Jackson do Pandeiro.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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