O Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência é uma campanha mundial destinada a melhorar a educação sexual, promover a conscientização sobre a contracepção moderna e reduzir os altos índices de gravidez não planejada em todo o mundo. Em 2012, o tema escolhido foi "Seu futuro. Sua escolha. Sua contracepção", que traduz exatamente o que esta iniciativa global, adotada em mais de 70 países, pretende, ou seja, reforçar a consciência dos jovens de que ele é responsável por sua vida e que deve adotar um comportamento responsável em relação à sua vida afetiva e sexual.
A primeira relação sexual
Antes da primeira relação sexual é importante que tanto o garoto como a garota reflitam se estão realmente preparados para encarar as principais consequências: gravidez fora de hora e doenças sexualmente transmissíveis. A existência de dúvidas sobre o tema sexualidade mostra que é hora de parar e pensar se realmente é o momento certo. A relação sexual é muito importante para o adolescente, principalmente porque muitas vezes ocorre sem que ambos tenham muito conhecimento, com pouco preparo e cheia de expectativas, tanto para os meninos quanto para as meninas. Por ser um momento especial, deve ser pensado para que nenhum dos dois se arrependa depois ou acorde no dia seguinte com culpa e medo das consequências.
Causas da Gravidez na adolescência
A gravidez na adolescência gera impacto físico, emocional, familiar e social. O adolescente, em especial as meninas, funcionam principalmente no pensamento mágico. Nada acontece com eles. Muitas são as causas que levam a menina a engravidar: condição socioeconômica, o tipo de relacionamento com o parceiro, a idade com que iniciou sua vida sexual, pouco diálogo com a família, baixa autoestima, menor nível de escolaridade, entre outros. Algumas garotas acabam engravidando na tentativa de segurar o parceiro ao seu lado. Na construção da família, elas enxergam uma fuga para as dificuldades nas relações com os pais e consigo mesmas, além de achar que o namorado – geralmente com a mesma faixa etária – ficará com ela por algum tempo. Várias adolescentes que engravidaram, alegaram que mesmo tendo conhecimento sobre o tema, não sabiam explicar o fato de não terem se prevenido, deixando o momento da relação aos cuidados da sorte.
Riscos da gravidez na adolescência
Algumas adolescentes escondem a gravidez por medo da reação dos pais, familiares e amigos. Como sabemos, a gravidez é uma fase que requer cuidados e acompanhamento de pré-natal. Se a adolescente decide fazer um aborto, além de estar cometendo um crime do ponto de vista cristão, os riscos para sua saúde são ainda maiores. Além de perder o bebê, a mãe pode perder também a própria vida. O aborto provocado também pode trazer problemas como infecções, hemorragias e até esterilidade. Depois de um aborto, a jovem pode ter dificuldade para engravidar. Tudo isso sem contar o sentimento de culpa que poderá carregar por toda a vida. A gravidez não planejada na adolescência é vivida pela jovem como um período de muitas perdas. Ela deixa de viver sua juventude, interrompendo seus estudos, abandonando o sonho da formação profissional e seus projetos de vida.
O papel dos pais
É comum os pais acharem que o assunto é “pesado demais” ou que ainda é cedo para conversar com seus filhos, mas a informação é importante para afastar alguns fantasmas e para tirar muitas dúvidas que surgem na cabeça dos jovens. Os pais exercem um papel importante na formação dos filhos, por isso é interessante que o tema seja introduzido nas conversas familiares desde a infância, para que ao chegar à adolescência, o jovem já esteja mais consciente. Através do diálogo e do relacionamento amigo com seus filhos, os pais vão orientando os adolescentes sobre a importância de iniciar o relacionamento sexual quando estiverem mais preparados para assumir uma relação madura e responsável.
O pai adolescente
Normalmente, os rapazes têm uma visão um tanto minimizada da gravidez imposta à menina, pois as mudanças no corpo, o pré-natal, o parto, a questão dos estudos, atingem diretamente a garota e podem ter continuidade sem que ele participe. Isso significa que muitos garotos que vão ser pai acabam abandonando a companheira, que muitas vezes leva a gravidez adiante apoiada apenas pela própria mãe. Às vezes, o pai da criança abandona a adolescente grávida, pois se acha muito novo para assumir uma responsabilidade destas. Alguns, ainda culpam a menina por ter ficado grávida, como se fosse uma responsabilidade só dela.
Os adolescentes devem ter cuidado com a pressão dos amigos
Pressão do grupo social é a situação em que seus amigos ou seu parceiro (a) fazem você sentir que deveria fazer alguma coisa que você realmente não quer fazer ou não se sente preparado para fazer. Em vez de fazer o que seus amigos esperam ou fazer a vontade de um parceiro insistente, pense sobre o que você realmente quer e use o tempo necessário antes de tomar a grande decisão. Se você não sabe ao certo se está preparado (a) ou não, é provável que não esteja preparado.
A adolescente grávida: O que fazer?
É muito importante que assim que a gravidez for diagnosticada a adolescente comece o pré-natal juntamente com o namorado ou parceiro, e que receba o apoio da família, em especial dos pais e tenha auxílio de um profissional de saúde para trabalhar o seu emocional. Dessa forma, ela terá uma gravidez mais tranquila e terá perspectivas mais positivas em relação a ser mãe, pois muitas entram em depressão por achar que a gravidez significa o fim de sua vida e de sua liberdade. É importante também que, após a gravidez, seja orientada para que seja evitada uma nova gestação. A melhor maneira de se prevenir uma gravidez na adolescência é utilizar a camisinha, pois ela continua sendo método anticoncepcional e mais seguro, porque além de prevenir a gravidez, evita as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a AIDS. Além de ser um método muito eficaz é barato e fácil. Não usar medicamentos anticoncepcionais sem prescrição do médico. Pode ser perigoso para a saúde.
A gravidez na adolescência é um sério e delicado problema social e de saúde pública que mobiliza a todos nós, famílias, pais, tios, avós, os multiprofissionais da saúde e da educação.