Apesar de exercer, enquanto estudante, atividades em jogos e competições, Félix d’Ávila iniciou sua carreira de professor de Educação Física em 1958, em Aracaju, nos colégios Estadual de Sergipe (Ateneu), Jackson de Figueiredo, Nossa Senhora Auxiliadora (Salesiano) e Pio Décimo, ampliando sua participação na então Cidade de Menores, nos primeiros quatro anos de atividades docentes em Aracaju. O Ginásio Pio Décimo, situado na rua de Estância, tinha um grupo respeitável de professores, liderados pelo Diretor, Manoel Joaquim Soares de Lima, ele próprio professor de Matemática, que mais tarde transferiu-se para Salvador, criou o Colégio Nobre, e morreu em plena atividade pedagógica. Sua mulher Letícia Sobral Lima, filha do velho professor Joaquim Sobral, morreu meses depois, enlutando a educação sergipana, no capítulo das décadas de 1950 e 1960. O Ginásio Pio Décimo contava com o professor Jugurta Franco, ensinando Latin, ele ex-padre, ordenado por Dom José Tomás Gomes da Silva, no Seminário Sagrado Coração de Jesus, com o professor João Costa, de Português, um dos mais jovens do grupo, com a professora Maria Augusta Lobão Moreira, de História, firme nas convicções, serena no trato, com o professor Joaquim Sobral, experiente mestre, velho Diretor do Ateneu, ícone de uma época, com o professor Jouberto Uchoa de Mendonça, que cumpria as funções de Secretário e era uma espécie de “faz-tudo” que dava vida e alma ao pequeno Ginásio. Felix d’Ávila não podia ter começado em melhor meio, experimentando a prática docente em algumas das melhores escolas dos anos de 1950. A partir de 1962 o professor Félix d’Ávila deixou novamente Sergipe, fixando-se no Rio de Janeiro, onde deu fôlego ao seu trabalho de professor. Na década de 1970 andou por Brasília e voltou a Sergipe, sempre colaborando, na teoria e na prática, com o ensino da Educação Física. Pós graduou-se pela Universidade de São Paulo, em 1976, fez cursos de Extensão universitária na Universidade de São Paulo,vários cursos de Aperfeiçoamento e de Atualização técnico-pedagógica, e ligou-se aos Jogos Estudantis Brasileiros e a outros eventos que destacaram o seu nome, em todo o País. Nos anos de 1980 foi para o Paraná, e naquele Estado construiu um currículo repleto de méritos, que tornou sua biografia de mestre ainda mais importante. Saindo e voltando, o professor Félix d’Ávila concorreu para modernizar o ensino da Educação Física, o desporto estudantil, o desporto social, dando uma contribuição da mais alta qualificação, cujo exemplo de vida o faz credor do reconhecimento público e da admiração dos sergipanos. São 80 anos de vida, 50 de magistério, datas que referenciam o talento, a disposição, a responsabilidade, a dedicação a uma causa que abraçou, realizando uma biografia notável, que merece todos os elogios dos seus conterrâneos. Jornalista, com registro profissional deste 1959, Félix d’Ávila colaborou na difusão da Educação Física, na discussão das formas interativas do desporto brasileiro, e sempre com a palavra acreditada, atualizada, orientando seus leitores, tanto os colegas de profissão, como os leigos nas matérias tratadas. Ativo, ágil, dinâmico Felix d’Ávila chega aos 80 anos de vida feliz por tudo o que pôde fazer pelo seu Estado e pelo País, como atestam a grande quantidade de homenagens, diplomas, títulos, medalhas, que adornam seu currículo. Sergipe deve mais que parabéns a Félix d’Ávila, deve um agradecimento solene pela sua vida de trabalho inovador. Vivendo, novamente, em Aracaju Félix d’Ávila continua colaborando com a Educação Física e com os desportos, e colaborando com o Jornal do Dia, com matérias esclarecedoras.
Félix D’Ávila, filho do advogado e intelectual Costa,filho e de Alice Ferreira Cardoso, nasceu em Aracaju no dia 19 de janeiro de 1928. Estudou no Colégio Jackson de Figueiredo o curso primário, de 1937 a 1940, mudando para o Rio de Janeiro, para estudar o curso ginasial no Colégio 28 de Setembro, de 1941 a 1944. e o Científico no Colégio Piedade, de 1945 a 1947, ingressando, em 1955, na Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, ainda no Rio de Janeiro, concluindo o curso em final de 1957. Professor Félix D”Ávila
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