As temperaturas globais estão subindo no mundo todo mais rapidamente do que se pensava e pode estar provocando fenômenos meteorológicos mais radicais, o aquecimento global e a elevação dos oceanos.
O aquecimento global produziu um efeito muito mais devastador do que o esperado em alguns dos principais recifes de coral do mundo. Grandes seções de recifes de coral e muito da vida marinha que sustentam poderão ser eliminados em definitivo. O desmoronamento dos recifes remove alimento e abrigo de uma grande quantidade de animais marinhos.
Milhões de pessoas em todo o mundo enfrentarão a morte e a devastação provocadas por enchentes, fome, seca e violência provocadas pelo aquecimento global. Os países ricos deveriam agir para deter o aquecimento do planeta e as regiões pobres deveriam ser encorajadas a adotar fontes de energia renováveis.
Se a África subsaariana mudasse sua matriz energética, de combustíveis fósseis para fontes como água, sol e vento, o ambiente seria beneficiado e haveria mais empregos, melhor saúde e mais oportunidades de emprego e educação,
Há possibilidade de violência, com as pessoas lutando por recursos que se tornam escassos por conta da mudança climática. No Quênia, já há disputa nas áreas afetadas pela seca. Em Bangladesh, a elevação prevista no nível do mar poderá deixar milhões de desabrigados e miseráveis.
A mudança climática não supõe apenas um risco para o meio ambiente, mas também pode representar profundas ameaças para a paz e a estabilidade do planeta.
As primeiras conseqüências da mudança climática nas relações internacionais já foram sentidas, quando dois batiscafos (pequenos submarinos) fincaram a bandeira da Rússia a mais de quatro mil metros de profundidade no Pólo Norte. Área sobre a qual Moscou reivindica direitos tem uma vasta superfície e acredita-se que possua um quarto das reservas mundiais de hidrocarbonetos.
A desertificação da região sudanesa de Darfur também é responsável por um suposto aumento de tensões. O risco de inundações no litoral de Bangladesh representaria outro caso, pois poderia provocar o deslocamento de 30 milhões de pessoas em um país que já vive sob constantes turbulências políticas e sob a ameaça do extremismo islamita.
Para evitar que males maiores ocorram é preciso que os países ricos tomem medidas urgentes para reduzir a emissão de CO2. Um exemplo que deveria ser seguido é o dos países escandinavos. Além de Kioto, que prevê a redução de gases de efeito estufa na Europa em 8% até 2012, Estocolmo tem uma meta ainda mais desafiante. No ano de 2050, a capital sueca pretende ser 100% livre de combustíveis fósseis e, com isso, zerar as quase 3.500 toneladas de CO2 que seus 750 mil habitantes produzem hoje. Nos últimos dois anos, a cidade já investiu 41,8 milhões de euros em 45 projetos climáticos.
Atualmente, 62% do sistema de aquecimento de Estocolmo vêm de biocombustíveis. No setor de transportes, metrôs e trens circulam movidos à energia verde, 30 ônibus a biogás e 253 a etanol. Outro passo importante é intenção da prefeitura investir em novos ferry-boats para transporte público movidos a energia limpa. Porém não é apenas o governo que precisa investir para tornar uma cidade energeticamente limpa. Os cidadãos também precisam mudar seus hábitos. Pensando nisso, Estocolmo guia seus moradores para um estilo de vida sustentável; incentivando o menor uso de energia ou emprego de fontes renováveis e da eficiência energética.