A assistência técnica que utilizou peça recondicionada

As aventuras de um consumidor no Brasil

 

A assistência técnica que utilizou peça recondicionada

 

A história de hoje conta a aventura de Consuminho para exigir a troca do seu aparelho celular, após descobrir que a garantia tinha trocado a placa-mãe do seu aparelho por uma recondicionada.

 

Consuminho não entende nada de aparelho celular, aliás, não tem sequer idéia de como utilizar tantas funções neles disponibilizadas, mas, como todo bom brasileiro, foi convencido a trocar o seu velho aparelho por um mais moderno.

 

Para tentar evitar transtornos, Consuminho inicialmente fez uma triagem pela marca, praticidade e por último levou em consideração o custo-benefício. O aparelho era bonito e oferecia a possibilidade de filmar, tirar fotos e registrar agenda, além de toques diferenciados.

 

Com um mês de uso, o aparelho parou de tocar quando recebia chamada e a única possibilidade de atender a uma ligação era quando via o visor acender, o que fez Consuminho levar o aparelho na assistência técnica para a realização do conserto.

 

Após quase 25 dias a assistência técnica devolveu o aparelho, mas para a surpresa e aumento da frustração de Consuminho, voltou a apresentar o mesmo problema após sete dias de uso.

 

Indignado Consuminho dirigiu-se até a assistência técnica mais uma vez e lá ouviu do funcionário que a placa-mãe recondicionada que havia sido colocada não estava boa e precisaria trocá-la novamente. Disse ainda que era comum aquilo, pois devido a grande quantidade de peças recondicionadas, sempre tem alguma que vem com problema.

 

Consuminho ficou surpreso. Primeiro, não sabia que haviam trocado a placa-mãe do seu celular. Segundo, que a mesma era recondicionada e solicitou por escrito uma declaração da assistência técnica atestando problemas na placa-mãe recondicionada o que foi recusado pelo funcionário sob o argumento de que o procedimento da empresa não permitia a entrega de declaração.

 

Diante dos fatos, Consuminho registrou uma ocorrência na Delegacia de Defesa do Consumidor para que fosse investigada a prática de crimes contra as relações de consumo, vez que não teve acesso aos dados do conserto em seu aparelho, bem como não autorizou nem foi informado da utilização de peça usada. Registrou também uma reclamação no Procon exigindo a troca do aparelho por um modelo novo.

 

No Procon não houve acordo e Consuminho só conseguiu resolver o seu problema na Justiça quando o fabricante finalmente trocou o seu aparelho.

 

Agora Consuminho aguarda o andamento do inquérito na Delegacia de Defesa do Consumidor e o seu envio para a Justiça. Aguarda também o procedimento administrativo no Procon. Embora tenha resolvido o seu problema, Consuminho sabe que enganar o consumidor é crime. Sabe também que o Procon deve aplicar as sanções administrativas determinadas pela lei.

 

Faça você também como Consuminho e acompanhe o resultado de suas denúncias. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

 

 

 

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