A cinta que prometia emagrecer imediatamente

As aventuras de um consumidor no Brasil

A cinta que prometia emagrecer imediatamente

A história de hoje conta a aventura de Consuminha, irmã de Consuminho, para desobrigar-se da compra da cinta que prometia modelar o corpo e diminuir o manequim em 17 cm imediatamente ao vestir.

Consuminha anda insatisfeita com o seu corpo, quer emagrecer um pouco, ganhar mais volume nos seios, deixar o corpo estilo manequim, etc. Para isso, já fez dietas, consultou e frequentou inúmeros médicos os quais lhe prescreveram vários tratamentos, todos sem êxito.

Consuminha já estava desesperada com o seu corpo, evitava sair com as amigas para restaurantes, lanchonetes, até que certa vez ao passar na frente de uma loja em um shopping, viu um enorme cartaz que lhe chamou a atenção sobre uma cinta modeladora que prometia perder 17 cm ao vestir. O cartaz era bem claro: “vista a cinta e modele o seu corpo na hora perdendo até 17 cm.” Ao lado do cartaz, havia uma televisão onde passava um filme publicitário sobre as vantagens sobre o produto Dr. Emagrecimento. Consuminha, atraída pelo cartaz, parou para assistir ao vídeo até que um vendedor da loja percebendo o seu entusiasmo dirigiu-se até ela passando N informações sobre o produto.

Consuminha achou o vendedor muito atencioso, principalmente porque ele começou a falar dos benefícios os quais ela iria experimentar e perceber no momento em que vestisse a cinta. Segundo o vendedor, era tudo muito simples, bastava ela vestir a cinta e olhar-se no espelho. Não seria necessário nenhum sacrifício, os efeitos seriam automáticos. Isso, porque se tratava de uma cinta fabricada sob a supervisão de uma pessoa que entendia da área de saúde e mais ainda de emagrecimento. Consuminha não teve dúvida, as imagens eram perfeitas, viu naquele produto a salvação para ter o corpo sonhado em um curto espaço de tempo e, melhor, sem qualquer sacrifício, bastando apenas vestir a cinta modeladora. No momento da compra, fez até planos para o próximo final de semana.

Entusiasmada com as informações passadas pelo vendedor e pelo filme, Consuminha até esqueceu que já estava no cheque especial. Nada disso importava naquele momento, nem mesmo o fato de que não era permitido experimentar a cinta antes da compra, a única coisa que vinha na sua mente era a imagem do corpo perfeito. Assim, comprou a tal cinta e parcelou para 7 vezes no cartão de crédito. Após a compra, foi direto para casa, queria sentir-se mais magra e com o corpo de manequim.

 Ao chegar a sua casa, Consuminha não conseguiu vestir a cinta, a mesma era tão apertada que não havia como entrar no seu corpo. Sem entender o que estava acontecendo, guardou a cinta e no outro dia foi até a loja e lá ouviu do vendedor que era assim mesmo, era só emagrecer um pouco que a cinta entraria no corpo. A cinta na verdade funcionaria como um estímulo a fazer um regime até conseguir vestir. Consuminha não acreditou naquilo que ouviu, quis agredir o vendedor, mas, não teve forças, disse-lhe que não podia ter feito aquilo, tirou foto do cartaz e foi para casa.

Ao chegar a sua casa, Consuminha consultou o Código de Defesa do Consumidor e descobriu que o vendedor não podia ter agido daquela maneira. Descobriu também que podia desobrigar-se do contrato, uma vez que o filme e o vendedor afirmaram que a cinta emagreceria imediatamente ao vestir, sem qualquer sacrifício e isto não era verdade. Descobriu ainda que enganar o consumidor é crime. Assim, fez uma reclamação no Procon, registrou uma ocorrência na delegacia de defesa do consumidor e ajuizou uma ação na justiça.

Faça você também como Consuminha e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

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