As aventuras de um consumidor no Brasil A compra sem prévia pesquisa sobre a assistência técnica Aproximava-se o verão e Consuminho tratou logo de comprar um aparelho condicionador de ar. Para evitar problemas, pesquisou marcas que atuam há muito tempo no mercado e levou em consideração também, o selo de qualidade. Assim, Consuminho comprou um condicionador de ar com capacidade de 7500 BTU/h para colocar no seu quarto. Estava feliz da vida, era uma marca “muito conhecida” e classificada como uma das melhores do Brasil. Grande engano. O tempo para o início da sua frustração e constrangimentos não demorou muito, pois ao ligar o aparelho, o mesmo funcionava “só que não resfriava”. Ligou então para a assistência técnica e quando os funcionários lá iam, informavam que o aparelho estava “perfeito”, que não tinha nenhum problema. Consuminho já estava pirando, porque não conseguia acreditar que só ele percebia que o aparelho não resfriava, enquanto que os funcionários da assistência técnica, pessoas de profundo conhecimento e extremamente capacitados, não identificavam o problema. Assim, Consuminho convidou alguns vizinhos para irem à sua casa, queria certificar-se de que não estava maluco e ouviu de todos que o aparelho não estava resfriando. Ufa, que alívio. Por várias vezes, os funcionários foram à casa de Consuminho. Chegaram inclusive a levar o aparelho para completar o gás. Mas resfriar que é bom, “NADA”. Foi então que Consuminho percebeu que estava sendo motivo de chacota pelos funcionários da assistência técnica, mas logo lembrou que tinha comprado um condicionador de ar de uma das melhores e mais respeitadas marcas do Brasil e aí, tinha a certeza que essa empresa iria respeitá-lo. Passados mais de trinta dias sem nenhuma solução pela assistência técnica, solicitou por escrito a esta e ao fabricante a restituição do dinheiro pago, conforme lhe assegura o Código de Defesa do Consumidor. Certo dia, Consuminho recebeu a ligação do fabricante e, por um momento, teve a certeza de ter feito a compra certa. Pensava ter chegado ao fim da sua frustração e inúmeros constrangimentos, pois acreditou que teria o seu direito respeitado. Mais um engano. A ligação era para informar que, embora reconhecesse a existência do problema, até trocaria o produto, mas não restituiria os valores pagos pelo aparelho, ignorando completamente o direito assegurado no Código de Defesa do Consumidor. Consuminho então reclamou no Procon e agora vai à justiça. Acredita que terá o seu direito respeitado. Por fim, está sentindo na pele mais uma lição. O fato de a empresa ser grande e antiga não quer dizer necessariamente que ela respeita o consumidor. Agora, antes de comprar um produto, vai procurar saber se a assistência técnica presta um serviço de qualidade. Após satisfeito esse requisito, vai comparar o preço e a marca. Faça que nem Consuminho, antes de comprar um produto, pesquise a qualidade do serviço da sua assistência técnica e evite frustrações como as sofridas por Consuminho.
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