A cor do desemprego

A campanha eleitoral em curso tingiu o desemprego com as cores dos candidatos e o expôs nas ruas e praças. Em Sergipe, essa chaga que assombra milhares de famílias foi pintada de verde, vermelho, azul, laranja, lilás, amarelo e branco, as cores das bandeiras dos candidatos a deputado, senador e governador. Quase sem exceção, todos os seguradores de bandeiras postados nas esquinas das ruas e avenidas são desempregados fazendo um “bico” temporário por alguns trocados. Um número infinitamente maior de desafortunados não conseguiu vagas nesse horrendo trem eleitoral e, portanto, não pode ser calculado pela cor do “bramante”. Todos, contudo, sairão de suas casas no dia 3 de outubro próximo, para eleger o futuro governador de Sergipe, dois senadores, oito deputados federais e 24 deputados estaduais que, dia sim, dia não, aparecem na televisão prometendo casas, hospitais, escolas de primeiro mundo e, principalmente, emprego para quem quiser. É uma pena que a jura feita agora no horário eleitoral gratuito não passe de uma promessa fugaz e incolor.

Votos a granel

Como mais de 50% da bancada federal de Sergipe abriram mão da reeleição, nada menos do que 500 mil votos estão soltos no Estado. Além de cativar o que já têm, os candidatos à Câmara tentam conquistar um quinhão desses eleitores esparramado por todos os municípios. São votos de perfis diversos, como os de Albano Franco (PSDB), Jackson Barreto (PMDB), Eduardo Amorim (PSC), José Carlos Machado e Jerônimo Reis, ambos do DEM. Portanto, não é fácil atraí-los para uma só candidatura, a não ser que ela seja extremamente versátil.

Homenagens

Militares e personalidades do mundo político e econômico de Sergipe serão homenageados hoje com medalhas e o diploma “Amigos do Exército Brasileiro”. A solenidade está marcada para as 19h desta terça-feira, no quartel do 28º Batalhão de Caçadores. Entre os homenageados está o empresário Lauro Menezes, da empresa Senhor Bomfim. “Para mim é gratificante ser homenageado por uma instituição tão importante como o Exército, que une tradição e defesa da soberania brasileira”, diz Lauro.

Dinheiro e poder

O governador Marcelo Déda (PT) está se valendo do dinheiro e do poder para fazer sua campanha à reeleição. Quem fez essa grave acusação foi o candidato a governador João Alves Filho (DEM). Em release distribuído ontem por sua assessoria, o demista diz que, diferente do petista, conta em sua caminhada com Deus e o povo. “Vamos ganhar esta eleição com o povo, sem caciques políticos e sem dinheiro”, promete.

Marcando no pé

No que diz respeito à propaganda eleitoral, os candidatos estão sendo marcados no pé pela Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe. Ontem, foram denunciados à Justiça Eleitoral os candidatos Marcelo Déda (PT), Pedro Firmino (PDT), Augusto Bezerra (DEM), Luiz Bezerra de Lima, o Colesterol (PT do B), Marco Aurélio (PSDB). Todos são acusados de colocação de cartazes em restaurantes, utilizar trio elétrico na campanha e estacionar carro de som.

Visão biônica

Andam dizendo por aí que aquela senhora que aparece no programa do DEM mostrando obras ao neto tem visão biônica. Tudo porque a vovó aparece em frente ao lago da Orla de Atalaia apontando o indicador e perguntando ao garotinho: “Tá vendo aquela ponte?”. Só que a ponte “mostrada” por ela é a que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros, portanto, invisível a olho nu daquele trecho da Orla. Home, vôte!

Humor eleitoral

Vocês viram aquele candidato esbanjando felicidade por já ter perdido seis eleições? E a cara de alegria do sujeito porque o presidente Lula (PT) só foi derrotado em três pleitos, enquanto ele já é hexa perdedor? Tem outro que é uma onda. Sugere ao suplicante para pedir votos aos pais, avós, tios, padrinhos e o Diabo a quatro. Só não apresenta propostas. 

Fique ligado

O eleitor que perdeu ou teve o título extraviado têm até o dia 23 de setembro para pedir uma segunda via (reimpressão) do documento. Só podem pedir a reimpressão os eleitores que já tinham ou pediram o título até 5 de maio deste ano, data em que foi fechado o cadastro eleitoral de 2010. Vale lembrar que na hora de votar será preciso, além do título, um documento oficial com foto que identifique o eleitor.

Fora de série

O futebol sergipano é fora de série, ou seja, nenhum dos nossos clubes pertence a qualquer uma das quatro séries do Campeonato Brasileiro. Depois do Sergipe, ano passado, agora foi a vez do Confiança e do River Plate serem despachados da Série D. Uma vergonha, chegamos ao fundo do poço. E alguns dirigentes ainda se queixam porque os torcedores abandonaram os estádios. Ora, ir ao campo assistir o que? “Pelada” por “pelada” a galera vai se divertir nos campinhos de várzeas que existem na periferia de Aracaju.

Do baú político

O advogado, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Aracaju, Viana de Assis (PMDB), foi uma das grandes vítimas das pesquisas eleitorais. Candidato a senador em 1986, ele era dado como eleito por todas as consultas de opinião pública. Terminada a eleição, a cantiga das urnas repetia os números das pesquisas, com Viana disparando na frente do médico Francisco Rollemberg (PFL). Faltando menos de 12 horas para acabar a apuração, Viana estava com uma dianteira superior a 6 mil votos. No final da tarde, ao chegar no Restaurante Cacique Chá, centro de Aracaju, o peemedebista já era chamado de senador. Entre uma dose e outra de uísque, Viana anunciava os planos de mudança para Brasília e elencava os primeiros projetos que apresentaria na Câmara Alta. Por volta da meia noite, contudo, a casa caiu. Com a apuração da região Sul, Francisco Rollemberg começou a reação, que não parou mais até se eleger com uma dianteira superior a cinco mil votos. No Estado, ficou famosa a afirmação que Viana dormiu eleito e acordou derrotado.

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