A crise dos EUA e o novo ‘boom’ da internet

Nos cursos que ministro, sempre separo um tempinho para falar do novo crescimento pelo qual passou a web, especificamente em 2008. Numa rápida retrospectiva, este foi justamente o ano em um fato em particular marcou a economia global: a crise imobiliária nos Estados Unidos.

Ao relembrar deste episódio, a pergunta que geralmente escuto é: mas o que a crise norte-americana tem a ver com um novo ‘boom’ na internet? A resposta é simples. Mas, ao invés de apresentá-la logo de cara, vamos a algumas constatações que nos levarão a compreender os porquês.

Pense comigo: quando uma empresa está em crise, suas finanças se tornam limitadas, certo? Porém, a fim de tentar resgatá-las, um aumento nas vendas se torna necessário. E, nesta hora, ações de Marketing fazem grande diferença. Como, então, investir neste tipo de iniciativa, se a grana está curta? Um anúncio na TV, por exemplo, pode custar seus bons milhares de reais. Já na web, por outro lado, os valores são consideravelmente mais baixos. De quebra, o ROI (Retorno Sobre Investimento) ainda tende a ser substancialmente superior ao das demais mídias. Entende-se, daí, o interesse massivo dos empresários em relação ao Marketing Digital.

Façamos uma conta rápida. Vamos supor que, numa determinada revista, com tiragem de 20 mil exemplares mensais, o anúncio de página inteira custa R$ 3.500. Isto significa que, se todas as cópias forem vendidas (o que pode não ocorrer), você corre o risco de 20 mil pessoas verem o seu anúncio. Se um mesmo exemplar for visto por mais de um leitor, este número pode aumentar. Entretanto, ninguém pode afirmar, com 100% de certeza, que o seu anúncio será visto por todos os leitores. Afinal, muitos deles podem se interessar por outras páginas da revista, mas não pelo seu anúncio (pois não têm uma demanda imediata pelo produto ou serviço que você está ofertando, ou sequer leram a revista por completo, para chegar à sua página). Ainda, um único anúncio é algo muito inexpressivo, sendo que os especialistas em mídia recomendam que sejam feitas inserções diversas, a fim de assegurar um resultado mais efetivo. No fim das contas, então, você acabaria desembolsando um valor maior.

Agora, imaginemos que você decidiu aplicar estes mesmos R$ 3.500 em AdWords (links patrocinados no Google, uma das tantas opções do Marketing Digital), por exemplo. Você escolhe uma expressão cujo CPC (Custo Por Clique) é de R$ 0,70, o que, em boa parte dos casos, é um valor bacana. Isto significa que, para cada pessoa que efetivamente vir, se interessar por ele e necessariamente clicar no seu anúncio, você pagará R$ 0,70. E só! E se as pessoas não virem este anúncio? Você não paga um centavo sequer. Mas e se elas até virem, mas não clicarem? Não se preocupe, pois nada lhe será cobrado. Aqui, a regra é clara: você só paga se – e somente se – alguém clicar no seu anúncio (e, assim, for levado para o endereço que você pré-determinou, a exemplo da página de um produto específico, no site da sua empresa).

Considerando os mesmos R$ 3.500 e o CPC de R$ 0,70, você pode assegurar que: 1) COM CERTEZA, pelo menos 5 mil pessoas viram o seu anúncio; 2) COM CERTEZA, 5 mil pessoas se interessaram pelo seu anúncio; 3) COM CERTEZA, 5 mil entraram no seu site. Pagando apenas R$ 0,70 por pessoa, para ter toda esta certeza, não é algo que vale a pena? Certamente! E foi exatamente isso que os empresários em crise também perceberam. Mesmo investindo-se menos, tinha-se a oportunidade de atingir um público melhor qualificado e de forma mais eficiente. Afinal, trata-se de um grupo que, de quebra, ainda está buscando pelo seu produto naquele exato momento. Ou seja: tem um interesse imediato no mesmo (o que aumenta as chances de venda).

E você? Também está pronto para se valer dos benefícios que o Marketing Digital oferece? Faça o seu planejamento e bons negócios!

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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