A crise econômica e as instituições privadas

Não há dúvidas que a atual situação econômica vai obrigar as instituições privadas de ensino superior a procurar meios diversos para garantir-se no mercado pelos próximos dez anos. A fotografia que analisamos sobre a crise econômica mostra que atravessaremos momentos tenebrosos que começaram a dar frutos nas matrículas dos anos de 2007 e 2008, sendo agravadas em 2009, sem falarmos obviamente da inadimplência e desistência.

 

Nesse primeiro mês de matrículas alguns empresários da educação já vivem à crise a todos os níveis, frisando que neste ano a recessão será mais aguçada. Sem adiantar receitas mágicas para a resolução da crise é preciso olhar para a realidade e procurar interpretá-la de forma a encontrar uma saída.

 

Um dos ingredientes deste magismo é que o setor de ensino superior privado ainda registra aumento no número de fusões e aquisições como também a abertura de capital na bolsa de  várias entidades criando um campo de defesa contra a crise. A receida é a fusão. Não há ranking oficial que confirme essa informação mas os grandes grupos demonstram essa manobra quando se aliam. O Ministério da Educação (MEC) apenas registra o número de alunos de graduação e não das especializações, sendo quase impossível ter concretitude nas informações.

 

Outro ponto pouco observado pelos economistas que deve ter repercursão mais intensa nos próximos quatro anos é o fato das Universidades Federais e Estaduais quase duplicarem o número de vagas. Em Sergipe por exemplo foram criados mais de dez cursos que em três anos aumentou significamente o número de vagas da UFS.

 

Hoje, com a globalização não é tão importante a formação superior em um curso específico, mas sim a formação suprior que credencia o cidadão para a realização de concurso público e/ou ao mercado privado de trabaho. Isso faz com que o curso superior deixe de ser um luxo para ser uma necessidade básica cidadã, mas nunca específica.

 

Resta saber o que acontecerá agora com o ensino superior privado brasileiro no novo cenário de crise. A abertura de capital e as aquisições vinham salvando pequenas e desestruturadas instituições que não conseguiam mais sobreviver no mercado cada vez mais competitivo e com menos alunos, caso este já comprovado com o fechamente de diversas intituições de ensino de nível médio que aconteceram em Sergipe.

 

Na verdade com a fuga dos investidores, os estudantes precisam ficar atentos. Algumas já fecharam suas portas antes da crise e, agora, é inevitável: as universidades devem ser atingidas e certamente algumas poderão enfrentar sérias dificuldades financeiras. Devem também os universitários antes de se matricular procurar conhecer as faculdades e os grupos que a sustentam.

 

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(*) é advogado, jornalista, radialista, coordenador do curso de Direito da FASER – Faculdade Sergipana e mestrando em ciências políticas. Cartas e sugestões deverão ser enviadas para a Av. Pedro Paes de Azevedo, 618, Bairro Salgado Filho, Aracaju/SE. Contato pelos telefones: 8816 6163 // Fax: (79) 3246 0444. E-mail: faustoleite@infonet.com.br

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