As aventuras de um consumidor no Brasil A estante e a prateleira que não suporta o peso dos livros A história de hoje conta a aventura de Consuminho ao exigir da loja de móveis a colocação de suporte nas prateleiras, conforme informado no momento da compra, sendo o fato agravado pela informação do montador de que sem o suporte a prateleira não iria suportar o peso dos livros. Consuminho comprou em uma loja de móveis planejados uma estante para o seu gabinete de trabalho. Antes, porém, um funcionário da loja foi até o local em que a estante seria montada, anotou as medidas e a finalidade de que a mesma era para guardar livros de direito, os quais, muitos deles são pesados e grandes. Após várias reuniões sobre o orçamento apresentado, Consuminho achou caro o valor cobrado e disse que por aquele valor não compraria o produto. Certo dia Consuminho estava viajando quando recebeu uma ligação do funcionário da loja informando que conseguira um bom desconto, mas para segurar o negócio, teria que fechar naquele momento, por telefone. Como Consuminho era cliente da loja, tendo inclusive comprado uma outra estante há algum tempo ao mesmo funcionário, limitou-se a perguntar: esse valor é aquele projeto o qual foi mostrado na reunião? Diante da confirmação do funcionário, Consuminho fechou o negócio por telefone. Ao chegar de viagem foi até a loja efetuar o pagamento e recebeu a impressão do projeto. Ficou acordado naquele momento que a escolha dos puxadores e suporte seria feita quando a estante chegasse e antes da sua montagem. Antes da montagem, o montador perguntou porque naquele projeto não tinha o suporte das prateleiras e observou que apenas os pinos não seriam suficientes para segurar o peso dos livros. Consuminho estranhou a observação do montador, pois tinha acordado com o funcionário no momento da compra que o suporte e os puxadores seriam escolhidos após a chegada do material e antes da montagem da estante e determinou ao montador que não iniciasse a montagem antes de esclarecer a questão com a loja. Na loja o funcionário disse que o projeto não incluía os suportes, momento em que Consuminho logo retrucou: mas você falou que eu iria escolher o modelo e a cor do suporte e dos puxadores somente quando o material chegasse e antes da montagem e argumentou: a informação vincula o contrato firmado, portanto a loja é obrigada a colocar o suporte nas prateleiras. Consuminho também registrou que o funcionário tinha conhecimento da finalidade da estante e das características de peso e tamanho dos livros a serem guardados, quando foi até o local em que seria instalada a estante para verificar as medidas de tamanho. O funcionário insistiu para que a estante fosse montada sem suporte e se por acaso viesse a apresentar problema, a loja se comprometia a consertar. Consuminho retrucou que não era obrigado a sofrer o dano para depois reclamar, vez que o CDC permite a prevenção de danos, como naquele caso, e disse que só permitia a montagem da estante com suporte nas prateleiras. Alegou ainda que o funcionário violou a regra geral de boa-fé objetiva, pois no momento da compra disse que os puxadores e o suporte seriam escolhidos antes da montagem e naquele momento alegou que a impressão do projeto não apresentava o desenho do suporte. Consuminho exigiu a colocação de suporte nas prateleiras, sob pena de desistir da compra, com fundamento no CDC. Diante da resistência e alegação fundamentadas, a loja determinou a montagem com suporte nas prateleiras, solucionando assim o impasse. Agora quando Consuminho contrata um projeto, exige que conste do mesmo todos os itens e as informações passadas pelo funcionário. Faça você também como Consuminho e exija o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.
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