A falsa promoção de fim de ano

As aventuras de um consumidor no Brasil

A falsa promoção de fim de ano

 

A história de hoje conta a aventura de Consuminho para exigir da loja o desconto anunciado em seus produtos.

 

Consuminho é precavido nas compras e evita ao máximo cair no golpe das falsas promoções. Como medida preventiva, procura guardar folhetos de produtos os quais tem interesse em adquirir. Certa vez, em uma loja, gostou de um produto, pediu ao vendedor um orçamento e guardou.

 

Três dias depois assistiu pela televisão um comercial da loja o qual divulgava que os produtos estavam com preço de até 70% de desconto. Assim, pegou aquele orçamento e foi até o estabelecimento. Para sua surpresa, o preço era o mesmo registrado no orçamento. Consuminho percebeu tratar-se do golpe da falsa promoção, bastante utilizada pelos fornecedores os quais insistem em enganar os consumidores.

 

Observou também que as etiquetas não faziam constar o preço do produto sem e com o desconto, impossibilitando o consumidor de analisar se realmente tratava-se de uma ‘promoção’. Como Consuminho estava com o orçamento de três dias atrás, pegou o produto, aplicou o desconto de 70% e foi até o caixa pagar. O caixa por sua vez cobrou o valor da etiqueta e questionado acerca do desconto, respondeu que aqueles preços já estavam com o desconto de 70%. 

 

Consuminho chamou o gerente e este confirmou a informação do caixa. Consuminho então tirou do bolso o orçamento de três dias atrás e mostrou ao gerente, juntamente com o Código de Defesa do Consumidor, apontando para o dispositivo que diz ser crime contra as relações de consumo a informação falsa e a publicidade enganosa, respondendo também por este crime o gerente. Mostrou ainda o artigo o qual determina que o fornecedor é obrigado a cumprir o que promete, no caso o desconto de 70% e já que a etiqueta não mostrava o preço anterior sem o desconto e o atual com o desconto, este deveria ser aplicado sobre o preço da etiqueta.

 

Diante da reação de Consuminho que filmava tudo com o seu celular, o gerente explicou que não podia fazer nada, quando Consuminho disse que iria chamar a polícia, vez que se tratava de um flagrante, e começou a tirar fotos com o seu celular, da etiqueta do produto a qual registrava o mesmo preço do orçamento.

 

Consuminho pegou um papel e solicitou por escrito ao gerente que cumprisse a oferta, pedindo ainda que assinasse o recebido na cópia, o que foi recusado pelo gerente. Consuminho novamente mostrou o CDC apontando para o dispositivo que diz ser crime contra as relações de consumo dificultar ao consumidor o acesso a dado cadastral.

 

Ao sair da loja, Consuminho foi até os correios e enviou um telegrama à loja solicitando que lhe fosse concedido o desconto de 70%. Depois, foi até a delegacia de defesa do consumidor e registrou uma ocorrência contra o gerente. Denunciou a loja ao Ministério Público e também fez uma reclamação no Procon.

 

Após tomar conhecimento das denúncias, a loja se comprometeu na delegacia, através do gerente, a cumprir a oferta e aceitou conceder o desconto. No Ministério Público, comprometeu-se a não repetir mais essa conduta e a orientar os funcionários a assinar as cópias dos requerimentos apresentados por escrito pelos consumidores. 

 

Faça como Consuminho e exija os seus direitos. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

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