As aventuras de um consumidor no Brasil A frustração da compra do som falsificado A história de hoje conta mais uma aventura de Consuminho. Trata-se do desfazimento da compra de um MP3 player automotivo que colocou no carro e que ao comparar com o manual de instruções, descobriu tratar-se de produto falsificado. Consuminho geralmente é uma pessoa muito tranqüila e não costuma ligar para essas coisas de modismo, mas, de tanto ver seus colegas falarem de tecnologia, resolveu trocar o som do seu carro. Após pesquisar bastante, adquiriu um MP3 player em uma loja a qual lhe afirmou tratar-se de um produto recém lançado no mercado, original e de primeira qualidade. Consuminho colocou o som e saiu feliz da vida, agora tinha no seu carro um som daqueles que está na moda e não iria mais ser alvo de brincadeiras pelos colegas. À noite ao encontrar os colegas, fez questão de mostrar o som. Toca MP3, MP4 e etc. Fez questão de registrar a marca, era considerada a melhor. Ocorre que a alegria de Consuminho durou pouco, pois um colega que entendia de som achou estranho o fato de não existir no painel o registro da marca do aparelho e aconselhou Consuminho a ler o manual e buscar informações em outras lojas do ramo, para que pudesse certificar-se da idoneidade do aparelho. A suspeita de que o produto era falsificado acabou com todo o entusiasmo de Consuminho, que voltou a ser alvo de brincadeiras pelos colegas. Antes de dormir, Consuminho foi logo comparar o som com o manual. Achou estranho o fato de não corresponder exatamente às informações ali constantes e, para variar, não conseguiu dormir durante a noite. No outro dia pela manhã, visitou algumas lojas de som e para sua tristeza a suspeita levantada pelo seu colega estava certa, o som que a loja lhe vendeu era falsificado. Nessa pesquisa, descobriu ainda que a tal loja era famosa por vender gato por lebre e Consuminho experimentou a péssima sensação de ter sido enganado. Após constatar que o som era falso, dirigiu-se até à loja onde comprou e solicitou a retirado do som do carro. Exigiu, também, a imediata restituição do valor pago, pois tinha comprado um som original e não um som falsificado. O proprietário recusou-se a atender a solicitação de Consuminho alegando que o som funcionava perfeitamente e que essa história de que o som era falso era artifício para desistir do negócio. Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor e lá descobriu que induzir o consumidor a erro é crime e registrou uma ocorrência na Delegacia de Defesa do Consumidor para que fosse investigada a prática de crime contra as relações de consumo. Descobriu também, que o consumidor pode se desobrigar de um contrato se não foi previamente informado sobre todos os detalhes do produto. Por acreditar na importância do registro das reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, também registrou uma reclamação no procon. A loja, logo que soube da ocorrência na delegacia, devolveu o dinheiro a Consuminho e retirou o som falsificado. Consuminho não sabe como terminou a história para o proprietário e o funcionário da loja, pois não soube mais notícia dos registros feitos, mas pelo menos segue com a consciência tranqüila de que adotou as medidas legais cabíveis naquele momento. Faça como Consuminho e não se permita ser enganado. Lute pelo seu direito e denuncie as condutas as quais não se encontram de acordo com a lei.
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