A húbris esclerosada grasnou na velha arcádia.

Diz-se de húbris, tudo aquilo que ultrapassa a medida do orgulho.

Diz-se daí também, por excesso de soberbia, o ardor excessivo, o arrebatamento desmedido, o exagero impetuoso, e o tempestuoso, por insolência.

Húbris não tem nada a ver com úberes, âmago de peito sem defeito, um perfeito deleito, para vingar a vida, via alimento.

A húbris pouco sustém, nada sustenta.

Ostenta orgulho apenas, o que nada é, nem o será.

Porque o orgulho, resta inútil bagulho, mesmo tentando ser som, ser barulho, no marulho das ideias.

O quê vale uma ideia orgulhosa?

Um pensar que se esclerosou, nem bem se madurou, e já, deveras, apodreceu?

Há frutas que são assim, chegam pecas, e findam assim.

E os homens como as frutas, às vezes pouco deleitam, nem se fazem semente. Azedam-se: sem fertilizar.

E reclamam!

Ah!, como reclamam!

Sem liderar, nem arrastar seguidores!

Exaltam pavilhões vazios em manifestos baixios, com razias e heresias, contra o que lhes nunca é: do agrado!

Agora mesmo, face a polarização política pré-eleitoral, exibem-se alguns, muitos até, como detentores do que não são, mas deveriam, por única via do superior pensamento, demonstrando um sentimento mordaz, por invídia, ciúme mesmo, incomodados.

Incomoda-lhes não serem vistos como a verdadeira casta pátria, esclarecida, para quem o vulgo tem que se agachar, se arquear, e se ajoelhar.

E restar de quatro patas rendidos no solo, definitivamente, com as fuças enterradas no esterco, do seu douto semeio.

Porque, entendem eles,  semeia-se melhor assim para o povo.

E o que não é o povo para esta húbri, que mal assim se assina?

O povo, a plebe do antanho, para estes doutos em melhor amanho, não deve restar no seu eito, curtindo, cada um com os seus defeitos?

O povo não carece dessa húbri para ressaber o bem pensar?

Quem disse que a democracia é feno de capim, alimária de gentalha, gente afim de papa-capim?

Por acaso nos seus freixos, pensam eles divergentes, com o pião lhes rodando diferente, fora do seu próprio eixo, esses que se creem doutos, sábios, só para si, e só para si somente, anjos ilustres, bons arcanjos, húbris de querubins?

Será o fim da democracia, dispensar estes decadentes serafins, junto com seus conselhos e seus arrotos afins?

O resto, todavia, é queixume.

Por fato e fato somente, a húbris paulista, junto com seus banqueiros sem PIX, não consegue galvanizar a Polis pouco além dos corredores do Largo de São Francisco.

Incomoda-lhes, sobremodo, não comandar o país. Isso, de longas datas!

Faltam-lhes líderes nacionais, sobretudo como resposta ao eco rotineiramente lembrado na arcádia vetusta da Escola, que sem beca, capelo ou gola, sobrou longínqua vanglória, saudosa memória, do que vingou, mas pereceu!

Há, por outras vias, quem pense diferente!

Assim eis o destaque em bufa ópera, refraseado em farsesca bufonaria.

No cenário comum dos homens e mulheres, em duas vias, só se vê adeptos de Lula, um “Ex-muita-coisa”, e de Bolsonaro, um “Essa-coisa”, que a húbris mais repele.

Que a húbris continue fazendo os seus abaixo-assinados. Pouco importa! Eu não preciso assinar muro a baixos, do que penso por mim sozinho.

Para mim e a mim somente, é marulho de raso barulho.

Um entulho a não merecer reciclagem.

Bom proveito!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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