A ousadia dos bandidos sergipanos parece não ter limites. Todos os dias, que chova ou faça sol, aparece sempre um caso mais curioso que o outro. Neste final de semana prolongado alguns casos foram mais surpreendentes que os outros. Teve, por exemplo, o assalto praticado por três bandidos – dois na linha de frente, um outro ficando de vigilância na porta – durante uma missa numa igrejinha, a Paróquia São Mateus, no bairro Aruana, no domingo pela manhã. Os dois dentro da igrejinha limparam todos os fiéis que eram instados a entregar tudo de valor que carregavam. Nem a missa esses marginais respeitam mais. E depois fugiram a cavalo.
A vez da Boutique – Na madrugada de domingo, uma boutique localizada a rua Moacir Rabelo Leite esquina com Guilhermino Rezende, foi arrombada por dois marginais que fixaram seus rostos para uma câmara sem saber que estavam sendo filmados. Eles pegaram um paralelepípedo no meio da rua e o jogaram contra a vitrine. Espatifado o vidro, levaram o que quiseram e o que puderam da boutique causando um enorme prejuízo aos seus proprietários e fugiram como chegaram, isto é, usando uma carroça. Como o fato aconteceu por volta de uma hora da manhã, moradores da vizinhança ainda acordados assistiram todo o desenrolar da operação. Um deles disse ser capaz de identificar os dois marginais, que fugiram numa carroça. A Polícia chegou a ser acionada, mas ela não apareceu a não ser horas depois do ocorrido. Agpra a Polícia pede ajuda da população para identificar os dois marginais…
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É interessante lembrar que o governo do Estado fez um carnaval com a chegada à Capital da Força Nacional de Segurança. Os roubos agora vão diminuir porque os ladrões pés-de-chinelo vão ficar receosos dela, e vão mudar a ótica de sua atuação. Deu no que deu… Quer dizer, não deu em nada. Esses ladrões xibungas continuam até mais audaciosos…
Rombo recorde nas contas do governo
As contas do governo federal registraram rombo recorde no mês de março e no primeiro trimestre deste ano, segundo números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional. Somente em março, as despesas do governo superaram as receitas com impostos em R$ 11,06 bilhões, o pior resultado para o mês desde o oinício da série histórica, em 1997. De janeiro a março, o chamado déficit primário totalizou R$ 18,29 bilhões, também o pior para o período em 21 anos. Essas contas não levam em consideração os gastos do governo federal com o pagamento dos juros das dívidas públicas. I O fraco resultado das contas públicas acontece em um ambiente ainda de baixo nível de atividade, que tem resultado em queda da arrecadação. Embora apareçam alguns sinais de melhora do ritmo da economia, como alta da confiança e da produção industrial, o desemprego ainda segue alto, o que impõe uma velocidade menor ao ritmo de recuperação. As receitas totais recuaram 3,2% em termos reais (após o abatimento da inflação) no primeiro tremestre na comparação com igual período de 2016, para R$ 334,43 bilhões. Por outro lado as despesas totais recuaram de forma mais intensa nesta comparação: somaram R$ 293,76 bilhões no primeiro trimestre de 2017, com queda de 4,9% em termos reais quando comparadas ao mesmo período de 2016. A Secretaria do Tesouro Nacional informou que o rombo da Previdência Social (sistema público que atender aos trabalhadores do setor privados) avançou de R$ 28,98 bilhões, no primeiro trimestre de 2016, para R$ 40 bilhões nos três primeiros meses desse ano, um aumento de 3,1%.
Meta fiscal e medidas de ajuste
Para este ano, foi fixado o objetivo em um deicit primário (depesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões para as contas do governo. No mês passado, a equipe econômica anunciou uma série de medidas para tentar atingir a meta fiscal deste ano. São elas: * bloqueio de R$ 42,1 bilhões em gastos públicos; * receita extra com o aumento da tributação sobre a folha de pagamento: 10,1 bilhões; * receita extra com o aumento da tributação sobre a folha de pagamento: R$ 4,8 bilhões; * receitas extras com relicitação de 4 hidrelétricas: R$ 10,1 bilhões; * receita extra com a equiparação da alíquota de IOF de cooperativas de crédito com a cobrada de bancos: R$ 1,2 bilhão. No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 154,2 bilhões. Em 2015, o déficit fiscal totalizou R$ 114 bilhões. A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora d dívida pública e mais pressões inflacionárias.
…e para encerrar…
Diretrizes – Já tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária do Estado de Sergipe, para o exercício financeiro de 2018. Pelo menos até junho o projeto vai ser aprovado que é para orientar a Lei de Meios a ser aprovada pelo Legislativo.