Os cirurgiões sergipanos têm um encontro marcado nesta terça, 11, com a posse de Marcos Aurélio PONTE “JOEL SILVEIRA” Não entendi a homenagem prestada de forma precipitada pelo Governo Marcelo Déda. O que Joel Silveira fez por Sergipe para merecer tal distinção? Sem No livro “Jorge Amado, uma cortina que se abre”, lançado recentemente por Rui Nascimento, ele publica uma carta de Joel para o escritor baiano, de 1940, solidarizando-se com o autor de “Capitães de Areia”, frente a críticas sofridas. Diz textualmente: “ Querido Jorge, calcule você que eu tive que ir até a Bahia para conseguir o número de Diretrizes em que alguns homens famosos – pintores, poetas, escritores e amanuenses – lhe metem o pau…Fui à Bahia porque o Samuel ( jornalista Samuel Wainer) leva muito pouco em conta Aracaju ( no que procede, aliás, com inteligência).” Com seu estilo arrasador, Joel cultivou desafetos ao longo de sua vida e terminou a vida sem conseguir entrar na Academia Brasileira de Letras. Quando tentou, foi fragorosamente derrotado por Zélia Gattai, que não foi poupada de suas críticas e insinuações mordazes. Tinha razão Assis Chateaubriand, seu empregador, quando vaticinou: “Joel é uma víbora”. Por sua vez, sergipanos e não sergipanos, que muito fizeram por nosso Estado, permanecem injusta e lamentavelmente esquecidos.
Prado Dias como Mestre do Capítulo Sergipano do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – CBC. A solenidade acontece no Auditório da Sociedade Médica de Sergipe, às 20 horas. Não é a primeira vez que Marcos, que é membro titular da Academia Sergipana de Medicina, coloca-se à disposição da laboriosa classe dos cirurgiões para representá-los. Na década de 90, quando os médicos ousaram enfrentar os planos de saúde pela adoção da Lista de Procedimentos Médicos da Associação Médica Brasileira, o CBC de Sergipe, sob o seu comando, foi exemplo de coesão e determinação. Cirurgias eletivas foram suspensas, provocando a ira dos donos de alguns hospitais. Por longos nove meses, os cirurgiões permaneceram engajados com todas as outras especialidades médicas, na luta por uma remuneração justa e digna. A nova diretoria, da qual fazem parte ainda os cirurgiões Roberto Maurício e Adelson Chagas, entre outros, promete retomar as atividades científicas e associativas, saindo do estado de sonolência que se encontrava nos últimos anos. A solenidade de posse de Marcos Prado contará com a ilustre presença do professor Edmundo Machado Ferraz, de Pernambuco, atual presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e o primeiro cirurgião fora do eixo Sul e Sudeste, a comandar a entidade, fundada na década de 20. Na oportunidade, ele fará a conferência “Presente, passado e futuro da Infecção”. TCBC Marcos Prado Dias
desmerecer o seu valor como repórter, jornalista e escritor, incontestável, apesar do estilo irônico, ferino e mordaz, ele não moveu uma só palha para o desenvolvimento de sua terra natal, nem mesmo para enaltecer suas potencialidades. Ao contrário, partiu definitivamente daqui para o Rio de Janeiro em 1937, de corpo e alma. Voltou muito tempo depois, quando convidado para comandar a Secretaria de Cultura. Não tenho conhecimento de qualquer ação importante de sua pasta nesse curto exercício. O quanto pôde, sempre se referiu a Sergipe com descaso e menosprezo, como se constata em algumas de suas crônicas. Joel Silveira
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