A POSSE DE MARCOS NO CBC

Os cirurgiões sergipanos têm um encontro marcado nesta terça, 11, com a posse de Marcos Aurélio

TCBC Marcos Prado Dias
Prado Dias como Mestre do Capítulo Sergipano do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – CBC. A solenidade acontece no Auditório da Sociedade Médica de Sergipe, às 20 horas. Não é a primeira vez que Marcos, que é membro titular da Academia Sergipana de Medicina,  coloca-se à disposição da laboriosa classe dos cirurgiões para representá-los. Na década de 90, quando os médicos ousaram enfrentar os planos de saúde pela adoção da Lista de Procedimentos Médicos da Associação Médica Brasileira, o CBC de Sergipe, sob o seu comando,  foi  exemplo de coesão e determinação. Cirurgias eletivas foram suspensas, provocando a ira dos donos de alguns hospitais. Por longos nove meses, os cirurgiões permaneceram engajados com todas as outras especialidades médicas, na luta por uma remuneração justa e digna. A nova diretoria, da qual fazem parte ainda os cirurgiões Roberto Maurício e Adelson Chagas, entre outros, promete retomar as atividades científicas e associativas, saindo do estado de sonolência que se encontrava nos últimos anos. A solenidade de posse de Marcos Prado contará com a ilustre presença do professor Edmundo Machado Ferraz, de Pernambuco, atual presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e o primeiro cirurgião fora do eixo Sul e Sudeste, a comandar a entidade, fundada na década de 20. Na oportunidade, ele fará a conferência “Presente, passado e futuro da Infecção”.

 

PONTE “JOEL SILVEIRA”

Não entendi a homenagem prestada de forma precipitada pelo Governo Marcelo Déda. O que Joel Silveira fez por Sergipe para merecer tal distinção? Sem

Joel Silveira
desmerecer o seu valor como repórter, jornalista e escritor, incontestável, apesar do estilo irônico, ferino e mordaz, ele não moveu uma só palha para o desenvolvimento de sua terra natal, nem mesmo para enaltecer suas potencialidades. Ao contrário, partiu definitivamente daqui  para o Rio de Janeiro em 1937, de corpo e alma. Voltou muito tempo depois, quando convidado para comandar a Secretaria de Cultura. Não tenho conhecimento de qualquer ação importante de sua pasta nesse curto exercício. O quanto pôde, sempre se referiu a Sergipe com descaso e menosprezo, como se constata em algumas de suas crônicas.

No livro “Jorge Amado, uma cortina que se abre”, lançado recentemente por Rui Nascimento, ele publica uma carta de Joel para o escritor baiano, de 1940, solidarizando-se  com o autor de “Capitães de Areia”, frente a críticas sofridas. Diz textualmente: “ Querido Jorge, calcule você que eu tive que ir até a Bahia para conseguir o número de Diretrizes em que alguns homens famosos – pintores, poetas, escritores e amanuenses – lhe metem o pau…Fui à Bahia porque o Samuel ( jornalista Samuel Wainer) leva muito pouco em conta Aracaju ( no que procede, aliás, com inteligência).”

Com seu estilo arrasador, Joel cultivou desafetos ao longo de sua vida e terminou a vida sem conseguir entrar na Academia Brasileira de Letras. Quando tentou, foi fragorosamente derrotado por Zélia Gattai, que não foi poupada de suas críticas e insinuações mordazes.  Tinha razão Assis Chateaubriand, seu empregador, quando vaticinou: “Joel é uma víbora”.

Por sua vez, sergipanos e não sergipanos, que muito fizeram por nosso Estado, permanecem injusta e lamentavelmente esquecidos.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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