As aventuras de um consumidor no Brasil A seguradora, a concessionária e a divergência de valores A história de hoje narra a aventura de Consuminho para fazer a seguradora autorizar o serviço de reparos em seu veículo que se encontra há mais de 20 dias na concessionária. Consuminho faz seguro do carro para garantir que, em caso de sinistro, o mesmo seja consertado na concessionária a fim de manter o mais próximo possível a originalidade e o padrão de qualidade exigidos pelo fabricante. Certa vez, ao envolver-se em um sinistro, solicitou que o seu carro fosse levado para a concessionária, mas ouviu como resposta que a obrigação da seguradora era apenas de reparar o veículo, o que poderia ser feito em qualquer oficina credenciada pela seguradora. Consuminho alegou que pagava o seguro para que o carro fosse consertado na concessionária. Se fosse para ser consertado em qualquer oficina não precisaria de seguro. Depois de muita insistência a seguradora autorizou que o veículo fosse levado para a concessionária. Passados dez dias, Consuminho ia todos os dias até a concessionária para saber se o serviço já havia sido autorizado, mas para sua surpresa, a seguradora ainda não havia liberado. Assim, Consuminho solicitou da concessionária o orçamento fazendo constar o prazo de execução e lá constava 10 dias úteis. De posse do orçamento, Consuminho enviou uma carta à seguradora exigindo que liberasse imediatamente o serviço, sob pena de responsabilidade pelos danos causados em razão da demora ultrapassar o prazo informado no orçamento, uma vez que ele estava com todas as suas parcelas em dia com a seguradora e, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, não era obrigado a ficar esperando indefinidamente até que a seguradora e a concessionária chegassem a um consenso. A seguradora tentou explicar a Consuminho que a demora decorria da divergência de valores cobrados pela concessionária, haja vista que não concordava em pagar os valores apresentados no orçamento e insistiu com Consuminho para consertar o seu veículo em uma oficina credenciada, oferecendo-lhe 10 dias de carro reserva. Diante da resistência da seguradora, Consuminho registrou uma reclamação no Procon e outra no Ministério Público. Também ajuizou uma ação na justiça para obrigar a seguradora a liberar o serviço no veículo e indenizar pelos danos causados em razão da demora. Consuminho também denunciou a seguradora em sites especializados de defesa do consumidor na internet. Ele procurou alertar os consumidores quanto a conduta daquela seguradora, tentando evitar que fossem vítimas tal como ele foi. Faça você também como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.
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