O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirmou que o crescimento econômico da América Latina, nos últimos cinco anos, foi significativo, mas não o suficiente para combater a pobreza extrema que atinge cerca de 205 milhões de habitantes. Apesar de 13 milhões de latino-americanos terem escapados às garras da pobreza nos últimos anos, a expansão econômica não refletiu em melhorias na qualidade de vida de um grande número de habitantes. A desigualdade persiste e é inaceitável que 205 milhões de habitantes vivam abaixo da linha de pobreza. Para o presidente do BID, a competitividade econômica deve ser sustentável, devemos dar maior valor agregado, melhorar os sistemas de justiça e promover a igualdade de oportunidades para todos, sem distinção de gênero, raça ou condição social e para isso é necessária a ação conjunta. O Mercosul tem recordes comerciais para se comemorar e pouco avanço institucional para se lamentar. O fato da Argentina ser hoje o segundo maior mercado para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, demonstra a importância comercial do bloco. Mas a necessidade de se fazerem negociações conjuntas, em economias assimétricas, acaba por colocar o Mercosul Apesar de uma provável desaceleração da economia norte-americana venha impactar negativamente, o crescimento econômico na América Latina deve se manter em um nível relativamente robusto em 2008, aponta o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) – Perspectivas Econômicas das Américas. O diretor do departamento do hemisfério ocidental do FMI, Anoop Singh, destacou que as chaves para a mudança de longo prazo são aumentar o investimento e a produtividade que contribuem para a redução da pobreza e desigualdade na região. A maioria dos países da região apresenta quadro de dívida pública em queda, posições fiscais e externas sólidas, sistemas financeiros estáveis e flexibilidade cambial utilizada de forma bastante efetiva. A expansão econômica na região também tem sido impulsionada pela forte demanda doméstica, porém uma desaceleração mais pronunciada da economia americana ou um período mais extenso de turbulência financeira certamente afetariam a região de maneira importante.
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