As aventuras de um consumidor no Brasil
A troca de cor do móvel pela loja
A história de hoje narra a aventura de Consuminho para fazer a loja entregar o sofá azul que lhe venderam, no lugar do sofá marrom que entregaram.
Era início do mês de setembro e Consuminho procurava um sofá e uma sala de jantar para decorar a sua sala na noite de natal quando reuniria a família. Após pesquisar bastante achou os móveis que se adequassem ao ambiente conforme planejava e assim comprou um sofá azul marinho e uma sala de jantar com a mesa de vidro e as cadeiras também na cor azul marinho.
A loja se comprometeu a entregar os móveis no prazo de 15 dias na casa de Consuminho. A entrega foi feita com 13 dias, dentro do prazo. No ato da entrega os funcionários da loja simplesmente deixaram os móveis lacrados na embalagem, sob o argumento de que estavam com pressa. Dessa forma, Consuminho assinou o comprovante de recebimento dos produtos.
Ao abrir a embalagem Consuminho verificou que o vidro da mesa estava quebrado e que o sofá e as cadeiras da mesa eram na cor marrom, quando na verdade a sua compra referia-se a um sofá e cadeiras na cor azul marinho.
Sem entender o que estava acontecendo, Consuminho procurou o vendedor da loja e informou que os móveis entregues não correspondiam à compra realizada, tendo o vendedor e o gerente garantido a substituição dos móveis até o mês de novembro.
Passada a primeira quinzena do mês de novembro, Consuminho comparecia toda semana na loja para solicitar a substituição dos móveis, explicava que queria seu apartamento pronto para o natal. Reclamava que o número do telefone informado pelo vendedor e pelo gerente nunca funcionava, sempre acusava ocupado.
Infelizmente aconteceu o que Consuminho temia: chegou o natal e o seu apartamento estava ocupado pelos móveis embalados e assim, não conseguiu reunir a família, tendo que transferir a ceia de natal para a casa do filho.
Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor e verificou que a loja era obrigada a entregar os móveis conforme ficou acertado na hora da venda.
Sem esperança de receber os móveis efetivamente adquiridos, Consuminho fez uma reclamação no Procon e ajuizou uma ação na justiça informando que não tinha mais interesse nos móveis e pediu que a loja fosse obrigada a restituir o valor pago, retirar os móveis do apartamento, e pagasse uma indenização por danos morais.
Na justiça, a loja argumentou que realmente vendeu o sofá e as cadeiras na cor azul, porém, a cor era apenas um detalhe e tanto o sofá como as cadeiras não tinham nenhum problema, apenas o vidro que estava quebrado, mas que substituiria.
A justiça determinou a retirada dos móveis pela loja, a restituição do valor pago e o pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$4.700,00.
Faça você também como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.
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